Detentos do Presídio de Aparecida de Goiânia, em Goiás, onde nove pessoas foram assassinadas no dia 1º, relataram a autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público que os agentes não têm controle sobre a cadeia.
Em vistoria determinada pela presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, juízes e promotores ouviram de presos que esse controle pertence a internos das alas B e C, as que entraram em choque e cometeram os assassinatos nesta semana. A informação foi adiantada na quarta-feira, 3, no blog da colunista do jornal O Estado de S. Paulo Eliane Cantanhêde.
Três detentos da Ala C disseram desconhecer o motivo do ataque, mas reconheceram disputa entre grupos. Para as autoridades, não admitiram a existência de facções, e falaram em descontentamento com a superlotação do local, além da demora na análise de processos.
Outros três homens, da Ala D, confirmaram a tensão pela superlotação e falaram de problemas recorrentes de falta de água e energia. Sobre as mortes, narraram que “tudo começou com uma ala atacando a outra”.
Agência Estado