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A Avenida Paulista foi tomada ontem por milhares de pessoas que acompanhavam a 21ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) em São Paulo. Com o tema “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todas e todos por um Estado laico”, o evento começou por volta das 13 horas sob o comando da drag queen Tchaka, que do alto do primeiro trio elétrico convidou o público a fazer a contagem regressiva para o início da manifestação.
A presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Claudia Regina dos Santos Garcia, falou sobre a importância do tema da parada deste ano. “Todos vocês têm direito de voltar para casa sem enfrentar a homofobia, sem enfrentar desrespeito e nem agressão. Nada pode afetar o nosso direito de amar, o nosso direito de ser quem somos”, disse. “Nossos principais inimigos hoje são os fundamentalistas religiosos, que insistem em nos condenar e retirar direitos já adquiridos”, enfatizou.
Vestida de branco, a apresentadora e modelo Fernanda Lima, madrinha da parada este ano, disse estar feliz por representar a comunidade LGBT. “O Estado é laico. A religião é uma opção individual de cada cidadão e não tem nada a ver com o direito civil. Vamos ser livres, sejam o que quiserem, desde que estejam dentro da lei”, disse, entusiasmada.
As cantoras Daniela Mercury, Anitta, Lorena Simpson e Naiara Azevedo também participaram do evento. A parada contou com 19 trios elétricos. Segundo os organizadores, 3 milhões de pessoas participaram do evento.
Economia
Além da causa da diversidade, a parada também aquece a economia paulistana. A prefeitura estima que 20% do público da Parada seja composto por turistas, cerca de 600 mil pessoas. Segundo levantamento feito pelo Observatório do Turismo durante a edição de 2016, o gasto médio individual dos entrevistados na cidade foi de R$ 1.502,91, considerando despesas com hospedagem, alimentação, transporte e lazer. Já os paulistanos gastaram, em média, R$ 73,82 na Avenida Paulista durante a parada. (com agências)