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RN abre inquérito contra 17 suspeitos de envolvimento em rebelião
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RN abre inquérito contra 17 suspeitos de envolvimento em rebelião

Segundo a polícia, os suspeitos foram presos e os inquéritos abertos. Entre os suspeitos, cinco são apontados como líderes do PCC e três são adolescentes. O transporte público ficou parado durante o domingo
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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) abriu inquérito contra 17 suspeitos de envolvimento na rebelião da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, nas proximidades de Natal, iniciada no sábado passado, 14. Dentre eles, estão cinco homens apontados pela polícia como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estavam dentro do presídio durante a execução de membros da facção Sindicato do Crime.

 

Dentre os 17, estão três adolescentes também suspeitos de participação em crimes direta ou indiretamente relacionados à rebelião. Dois dos menores de idade supostamente tentaram cometer ataques a prédios públicos. As ações foram realizadas durante uma força-tarefa envolvendo a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Força Nacional e a Guarda Municipal, iniciada na segunda-feira, 16.


Dentre os autuados, estão um foragido de Alcaçuz, preso após cometer um roubo, um homem que tentava jogar 54 munições para dentro do presídio e um suspeito de gravar e divulgar um vídeo com ameaças. Além deles, foram presos suspeitos de atear fogo na garagem da prefeitura de São Paulo do Potengi, dois homens e uma mulher que dispararam contra um ônibus na zona norte de Natal e um suspeito de ter incendiado três ônibus na Barra de Maxaranguape, nas proximidades da capital do Rio Grande do Norte.


A secretaria confirmou que o transporte público não funcionou em Natal neste domingo, 22, e que teve interrupções desde quinta-feira, 18. Segundo eles, o governo já garantiu a segurança dos ônibus na cidade, inclusive com policiamento nas garagens, e que acredita que a situação deva se normalizar nesta segunda-feira, 23.


Um muro de contêineres foi levantado com o intuito de separar as facções criminosas que disputam a liderança de penitenciária de Alcaçuz. A estrutura improvisada foi construída ao longo deste fim de semana. Durante o trabalho, os presos ficaram confinados nos pavilhões 1 (membros do Sindicato do RN) e 5 (membros do PCC). O comandante geral da Polícia Militar, coronel André Azevedo, disse que o muro objetiva “preservar vidas”. Ele disse ainda que foram recolhidas grandes quantidades de entulho e barras de ferro, usadas como armas pelos detentos. (com agências)

 

Saiba mais


Segunda semana de rebelião

A Penitenciária de Alcaçuz fica no município de Nísia Floresta, distante 30 km da capital potiguar. Lá, na tarde do sábado, 14, teve início uma rebelião que já conta pelo menos 26 mortos. Em ação realizada ontem,policiais da Força Nacional encontraram celulares e drogas, além de dois túneis.

 

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