O mapa de distribuição dos 252 sistemas de dessalinização instalados pela SRH no Ceará, por meio do Programa Água Doce, coincide com as áreas que se encontram em processo de desertificação no Estado, o que saliniza ainda mais o solo. Não há, porém, informações sobre quantos desses equipamentos estão funcionando.Isso porque, segundo a SRH, no intervalo de um ano após a instalação, os dessalinizadores são administrados por técnicos, em gestão compartilhada com as comunidades. Porém, superado o período, os equipamentos são repassados pela secretaria, por meio de termos de cessão, aos grupos gestores locais.A partir daí, cabe a cada um deles a gestão e manutenção das máquinas. É quando a superintendência deixa de receber informações sobre os aparelhos. À SRH, após o repasse, cabe somente a disponibilização de técnicos que auxiliem os gestores dos sistemas, mas apenas nos casos em que é procurada.É desta forma que opera o sistema instalado em Ocara, por exemplo, mostrado ontem pelo O POVO. Conforme a SRH, no total, os sistemas instalados no Ceará atendem a aproximadamente 120 mil pessoas de diversas comunidades em locais onde há demanda por água potável. Canindé (23), Tauá (19) e Independência (14) são as cidades com maior número de máquinas.