Lidar com a questão da dependência de drogas entre os jovens recém-ingressos nas Forças Armadas, ou entre os já engajados na carreira militar, foram mote para a criação de um plano permanente dentro do Exército. Na 10ª Região Militar, em Fortaleza, o principal quartel na hierarquia de comando para Ceará e Piauí, desde 2015 funciona o Programa de Prevenção à Dependência Química (PPDQ). A ideia é de se antecipar a possíveis casos e resguarda-los.

"O objetivo do PPDQ é prevenir, orientar, encaminhar e acompanhar. O indivíduo militar, o servidor civil da ativa ou da reserva e seus dependentes. Não está restrito só ao militar, se estende também à família dele", descreve a tenente Cinthya Urbano, assistente social que coordena o programa local.

O projeto funciona com visitas aos quartéis para palestras, distribuição de material educativo, cursos de ensino a distância. A tenente Cinthya diz que também há parceria com a Polícia Civil, através da Divisão de Prevenção a Uso e Dependência Química, e com empresas. "Assistimos todo soldado que entra para cumprir o serviço militar obrigatório até o militar mais antigo".

A diretriz do PPDQ foi definida em Brasília pela Diretoria de Assistência Social do Exército. O Programa hoje funciona em todas as regiões do País, sendo 16 quartéis dos estados do Ceará e Piauí. Na 10ª Região, a tropa tem cerca de 10 mil militares. Conforme a oficial, "são dois a três casos por ano" de maior gravidade que passam por avaliação médica para possível internação.