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Oficiais traficaram malas de cocaína em aeronave da FAB
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Oficiais traficaram malas de cocaína em aeronave da FAB

Internacional.
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Tipo Notícia

A história fará 20 anos no próximo mês. Em abril de 1999, oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram de um esquema de tráfico de cocaína para a Europa em aeronaves militares. A investigação chegou a dois tenentes-coronéis, um major, uma boliviana, um americano e dois civis brasileiros. O Hércules C-130 havia saído do Rio de Janeiro com destino a Las Palmas, nas Ilhas Canárias (Espanha). Um dos brasileiros era irmão de um dos oficiais e receberia a droga no destino final.

Os 32,9 quilos de pasta base de cocaína estavam em 30 pacotes dentro de duas malas na aeronave. A descoberta aconteceu durante a escala de voo feita em Recife. Todos os pacotes estavam cobertos por uma camada de algodão e enrolados em borracha e papel celofane, com vários desenhos de Mickey Mouse, segundo os autos do processo.

Interceptações telefônicas confirmaram o plano. Os oficiais militares receberam penas de 17 e 16 anos, por somatório e agravantes dos crimes cometidos. A maior pena foi para o americano, 39 anos. Entre as acusações apontadas: tráfico internacional, formação de quadrilha, falsificação e uso de documentos falsos.

O promotor militar do caso à época das prisões foi o cearense Alexandre Saraiva, hoje procurador. Os réus militares foram expulsos durante a primeira fase do processo, mas perderam as patentes cerca de 15 anos depois, após o trânsito em julgado das ações.

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