PF determina prazo para finalizar inquéritos contra Bolsonaro; confira
Ao todo, as datas se referem a três investigações: a apuração da falsificação de certificados de vacina, o caso das joias da Arábia Saudita e a acusação de tentativa de golpe de Estado
A Polícia Federal estabeleceu o mês de julho como prazo para a apresentação dos relatórios finais dos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao todo, as datas se referem a três investigações, que devem ser finalizadas na seguinte sequência: a apuração da falsificação de cartões de vacina, o caso das joias da Arábia Saudita e, mais recente, a acusação de tentativa de golpe de Estado.
As informações são do blog de Bela Megale, no jornal O Globo. Segundo apurado, a investigação sobre o cartão de vacinação deverá ser a primeira a ser finalizada, pela falta de alguns documentos e provas nas demais.
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No caso das joias, faltam dados a serem conseguidos por meio da cooperação internacional firmada com os Estados Unidos, país onde as peças foram comercializadas.
Já em relação à investigação sobre a tentativa de golpe, a expectativa é alta para os resultados, tanto por parte da população em geral quanto da defesa de Bolsonaro, que teme uma possível prisão apenas em relação a esse caso.
A demora se deve a novos elementos - vídeos, imagens e falas -, que surgiram e levaram a uma ampliação da investigação, com relatório final esperado inicialmente para o fim do ano passado.
Confira abaixo cada uma das investigações:
Falsificação do cartão de vacina
Bolsonaro é suspeito de ter fraudado o próprio cartão de vacina e o da filha, Laura, para viajarem para os Estados Unidos, após a derrota nas urnas no pleito presidencial de 2022.
O ex-presidente prestou depoimento à PF sobre o caso e teve o celular apreendido. Ele afirma que não tomou nenhuma dose do imunizante contra a covid-19, mas constam no seu cartão do Conecte SUS duas doses de vacina que teriam sido incluídas de forma fraudulenta.
O tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens da Presidência no governo de Jair Bolsonaro, ficou preso por 116 dias por causa dessa investigação. Cid foi solto após firmar acordo de delação premiada com a PF. Acordo, por sua vez, acarretou provas para outras investigações.
Caso das joias sauditas
Bolsonaro é suspeito de intervir, pessoalmente e por meio de funcionários do seu gabinete, para conseguir para si a liberação de um conjunto de joias, dado pelo governo da Arábia Saudita, avaliado por peritos da PF em R$ 5,1 milhões. Como foi um presente institucional, ele deveria ser catalogado e incorporado ao patrimônio da União.
Tentativa de golpe
O ex-mandatário é investigado no âmbito da operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, Bolsonaro e seus apoiadores se reuniram para discutir um golpe de Estado, visando a manutenção do então presidente no poder. Foi, então, proposta uma minuta que previa novas eleições e prisões de autoridades. Bolsonaro teria ajudado a redigir a “enxugar" o documento.