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Ex-diretor do Palmeiras revela mágoa com Fernando Prass, goleiro do Ceará

Goleiro deixou o Verdão em 2019 e acertou com o Vovô no início desta temporada

Após sete anos no Palmeiras, Fernando Prass saiu chateado do clube no fim de 2019 pela forma como sua liberação foi conduzida. Em entrevista realizada nesta quarta-feira, o ex-diretor de futebol do clube Alexandro Mattos deu sua versão dos acontecimentos e revelou mágoa pela forma com que o goleiro do Ceará o enxergou na história.

“Uma coisa que me chateou pela condução que foi feita foi a do Fernando Prass. Eu renovei o Prass três vezes, tenho um respeito enorme pelo Prass. É um dos maiores profissionais que eu trabalhei (…) Um dia quero conversar com ele, tirar essa mágoa do coração dele. Fui correto com ele todos os cinco anos que ele esteve lá comigo”, contou em entrevista aos canais Fox Sports.

“Em 2016 foi muito difícil (renovar), porque o Paulo (Nobre) considerava que o contrato que foi feito lá atrás, não pelo Paulo, era muito grande e caríssimo para o Palmeiras. Então eu tive que convencer o Prass a abaixar salário, foi duríssimo. Depois em 2017, eu e Maurício (Galiotte) renovamos. Quando chegou o Roger (Machado), ele falou que podia liberar o Prass, mas nós não deixamos”, relembrou.

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De 2013 a 2019 no Verdão, Prass venceu os Campeonatos Brasileiros de 2016 e 2018 e a Copa do Brasil de 2015.

“Uma semana depois nós ganhamos do Vasco e fomos campeões. E ai naquela semana de festa, bateu um lado de ‘pô, não vamos liberar os caras’, eu e Felipão ali conversando. O Prass e o Edu foram importantes, jogando ou não eles são importantes. E resolvemos mudar. Fomos no presidente, o presidente concordou. Só que o Jaílson já tinha um acordo de dois anos, chamei o Jaílson na minha sala, e falei ‘ao invés de dois (anos) vamos fazer um, porque vou fazer um com o Dracena e um com o Prass’, e ele concordou”, seguiu.

“Em 2019, antes do jogo do Grêmio (34ª rodada do Campeonato Brasileiro), eu, o presidente, o Buosi (Paulo Roberto Buosi, 1º vice-presidente), o Zanota (Alexandre Zanotta, 3º vice-presidente), o Cícero (Souza) e o Mano Menezes decidimos ficar com o Jaílson e liberar o Prass. Disse que iria avisar ele, disseram ‘não, avisa ele quando faltar um jogo só, porque o Prass tem toda a comoção da torcida”, explicou.

“Fui demitido uma semana depois junto com o Mano e aí cinco dias depois o Palmeiras manteve o planejamento e eu sou o responsável? Como é que eu sou o responsável se fui demitido? Já estava decidida a saída do Prass e, se você quer saber, se eu estivesse lá ele iria sair também, simples. (Ele) tem 41 anos, dois anos e meio que não era titular, sendo que nos últimos dois anos era o terceiro goleiro e é um dos maiores salários do Palmeiras. Era incompatível isso”, contou.

Prass foi reserva do Palmeiras do meio de 2016 até sua saída. Primeiro, o goleiro ficou fora de combate por conta de lesão, Jaílson assumiu a meta e ajudou o Verdão na campanha do eneacampeonato brasileiro. Em 2017, a competição ficou dura pela fase de Jaílson. Em 2018 mais ainda, por conta da contratação de Weverton, que veio do Athletico-PR.

Entrevistas barradas

Na entrevista, Mattos ainda revelou mais um motivo que deixou Prass chateado com ele no Palmeiras: o diretor barrava as entrevistas do goleiro.

“E uma dúvida que ele tem que eu não esclareci com ele, vou esclarecer publicamente, por que a gente pedia para ele não dar entrevista, isso chateou ele muito. Simplesmente porque o Oscar (Rodriguez), preparador de goleiros, me pedia isso. ‘Alexandre, toda vez que o Prass dá entrevista, o Jaílson e o Weverton ficam muito chateados com a postura de querer renovar, então peça para o Prass não dar entrevista a não ser que ele seja o goleiro titular do jogo'”, contou.

“E aí o Prass ficou chateado, achando que eu não deixava ele dar entrevista. Eu não falava isso porque o Oscar me pedia isso, para manter um ambiente bom ali dentro e a gente sempre manteve isso”, encerrou o dirigente.

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