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Basquete feminino no Parapan é medalha de bronze; dois cearenses na equipe

Basquete em cadeira de rodas do Brasil bateu a Argentina no Parapan de Lima 2019 e garante vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020
09:59 | Set. 01, 2019
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

A Seleção Brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas venceu a Argentina por 69 a 44 e conquistou a medalha de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. Assim, o time conquistou vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Dois cearenses estão na equipe.

 

A partida na noite desSa sexta-feira, 30, na capital peruana, teve domínio brasileiro e pressão na marcação. A veterana Débora Costa marcou 19 pontos e foi a cestinha da partida. Vileide Almeida anotou 16 pontos. Do lado argentino, Maria Pallares também teve um grande destaque e terminou a partida com 18 pontos.

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A equipe brasileira se classificou para Tóquio 2020
A equipe brasileira se classificou para Tóquio 2020 (Foto: Divulgação/Jogos Parapanamericanos)

A união das brasileiras garantiu 22 assistências contra 10 da Argentina. Nos rebotes, contudo, as argentinas tiveram ligeira vantagem, com 37 a 32.

Na final, o Canadá bateu as norte-americanas por 67 a 64. Assim, Canadá, EUA e Brasil seguem a Tóquio, no próximo ano.

O time brasileiro

Lídio Andrade, auxiliar técnico da equipe brasileira, é cearense e falou ao O POVO Online neste sábado pós-vitória. Ele se diz satisfeito com os resultados. “Fizemos bons jogos, principalmente contra grandes equipes, como Canadá e EUA”.

Metade da equipe é paraense. Do Ceará, além de Lídio, a atleta Oara Uchoa, de 24 anos, é destaque. Ela teve a perna esquerda amputada em razão de um câncer ósseo e, posteriormente, conheceu o basquete por um professor. Na história de superação, além do bronze desta sexta, há ouro no Campeonato Sul-Americano, no Peru, em 2017, e bronze na Copa das Américas no mesmo ano.

Lídio e Oara são os representantes cearenses da equipe do Basquete Feminino, em Lima
Lídio e Oara são os representantes cearenses da equipe do Basquete Feminino, em Lima (Foto: Divulgação/Lídio Andrade/Arquivo pessoal)

O educador físico começou no basquete paralímpico ainda em 2005, treinando time na Parangaba. “De lá pra cá, respiro basquete. Ou melhor, tento, né, porque há as dificuldades de trabalhar com basquete no Ceará, como falta de parcerias. Hoje, trabalho com a equipe da Adesul. Graças a Deus, conseguimos levar o time para o Fortaleza Esporte Clube, que começa a nos apoiar”, celebra Lídio.

Em Fortaleza, ele treina duas atletas da seleção, mas apenas Oara foi a Lima. O técnico pontua ainda que as dificuldades financeiras são empecilho ao avanço do esporte do Estado. “Uma cadeira de basquete custa entre R$ 6 e 7 mil, fora manutenção. Às vezes, conseguimos passagens aéreas com o Governo do Estado, para competições fora. Nem sempre dão todas. Tentamos arranjar recursos, mas precisamos de mais apoio público e privado para termos o basquete rodando”, reivindica.

Lídio e Oara são os representantes cearenses da equipe do Basquete Feminino, em Lima
Lídio e Oara são os representantes cearenses da equipe do Basquete Feminino, em Lima (Foto: Divulgação/Lídio Andrade/Arquivo pessoal)

A modalidade

Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos feridos na 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos Paralímpicos. No Brasil, o basquete em cadeira de rodas tem forte presença na história do movimento paralímpico, sendo a primeira modalidade praticada no país, a partir de 1958.

As cadeiras de rodas utilizadas são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico. São disputados quatro quartos de 10 minutos cada. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC).

Brasil no Parapan

Ao todo, são 512 integrantes na missão brasileira, sendo 337 atletas, entre os quais atletas-guias, calheiros, goleiros e pilotos, que não possuem deficiência. Os integrantes são de 23 estados e do Distrito Federal, competindo em 17 modalidades.

O Brasil busca repetir o feito das três últimas edições dos Jogos continentais, o primeiro lugar no quadro geral de medalhas. Foi assim no Rio 2007, em Guadalajara 2011 e Toronto 2015. Confira:

 

Rio de Janeiro - 2007

1º lugar geral, com 83 medalhas de ouro, 68 de prata e 77 de bronze. Total de 228.

Guadalajara - 2011

1º lugar geral, com 81 medalhas de ouro, 61 de prata e 55 de bronze. Total de 197.

Toronto - 2015

1º lugar geral, com 109 medalhas de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. Total de 257.

A competição na capital peruana marca a estreia de três modalidades no programa dos Jogos Parapan-Americanos: parabadminton, parataekwondo e tiro esportivo

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