Participamos do

Com duas etapas no PGA Tour, Brasil busca aumentar visibilidade do golfe

Com o anúncio de uma nova etapa em terras brasileiras no circuito do PGA Tour Latinoamérica, o golfe nacional confirma a crescente que vem tendo desde o ciclo olímpico do Rio 2016. Antes das Olimpíadas no Brasil, todos os esportes receberam mais atenção do Comitê brasileiro, e não foi diferente com o golfe. Apesar da modalidade [?]
15:30 | Jul. 27, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Com o anúncio de uma nova etapa em terras brasileiras no circuito do PGA Tour Latinoamérica, o golfe nacional confirma a crescente que vem tendo desde o ciclo olímpico do Rio 2016. Antes das Olimpíadas no Brasil, todos os esportes receberam mais atenção do Comitê brasileiro, e não foi diferente com o golfe. Apesar da modalidade estar longe de ser popular no país, distante dos holofotes ela vai dando importantes passos no cenário internacional.

O golfe voltou a ser uma modalidade olímpica, justamente, em 2016. Foram 112 anos fora dos Jogos e apenas duas participações no começo do século XX. Com o retorno às Olimpíadas, o golfe brasileiro recebeu investimentos e, além de participar com três representantes, de quatro possíveis, tem o Campo Olímpico, um dos legados do Rio 2016 mais bem aproveitados após os Jogos. Para 2020 a ideia da Confederação é ir com quatro golfistas representando o país.

?No Rio levamos três atletas por mérito, sem usar as vagas destinadas ao país sede. Agora, para 2020, nossa meta é levar nossos quatro representantes que temos direito. No feminino estamos atentos a novos nomes, inclusive meninas que precisam se profissionalizar e que têm potencial para brigar por uma vaga. Já no masculino são dez nomes que têm chance disputar as duas vagas?, declarou o presidente da Confederação Brasileira de golfe, Euclides Gusi.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Nas Olimpíadas são 60 golfistas por categoria, sendo, no máximo, dois por país. A exceção é para atletas top 15, que aumentam o limite para quatro por país. A disputa pela classificação iniciou em julho deste ano e vai até julho de 2020, e os pontos do ranking são computados apenas em determinados torneios. Um deles é o PGA Tour Latinoamérica, que volta para a temporada 2018 com as duas etapas brasileiras.

Garantida por, pelo menos, três anos, a passagem dupla do PGA pelo Brasil visa um aumento na visibilidade do esporte no país. O mercado já é valorizado pelo circuito internacional, como ressaltou a diretora da PGA Tour Latinoamérica, Cristina Vanderbeck, agora o objetivo é conseguir atrair a atenção do público brasileiro e, consequentemente, ter a possibilidade de aumentar o número de praticantes. ?O Brasil tem sido um mercado muito estratégico para o PGA Tour, porque o talento existe, e além disso enxergamos a oportunidade de dar mais voz ao golfe. Não é só sediar por duas semanas um torneio e sim trabalhar em conjunto com os patrocinadores e os organizadores para falar sobre o golfe. Acima de tudo, o PGA é profissional e estamos focados na parte profissional, mas também trabalhando com a CBG em como a parte educacional do esporte pode criar pilares para o golfe crescer no Brasil?.

Pouco difundido no Brasil, o golfe é cercado por um estereótipo de ser um esporte caro e praticado por ricos. Imagem que as federações tentam refutar, buscando inserir o esporte na realidade de jovens com projetos, como explicou o presidente da Federação Paulista, Antônio Carlos Pádula. ?Nós temos poucas praças de esporte. Para São Paulo, por exemplo, que tem mais de 40 milhões de habitantes, são 56 campos federados. A maioria deles é semi-aberto para o público. Mas é importante a gente fazer um trabalho às avessas. Que é esse tipo de projeto, levando pessoas às escolas, capacitando professores de educação física, para que eles incluam o golfe na realidade dos alunos. Não só pela necessidade de jogadores de alto rendimento, mas também para deixar o golfe transformar de alguma forma essas pessoas. O golfe é um esporte ético e que faz o cidadão e o objetivo é tentar fazer esses projetos serem reconhecidos pela mídia e assim fazer com que a população tenha uma visão do golfe e passem a praticá-lo?.

As etapas brasileiras acontecem em setembro, entre os dias 10 e 23. Primeiro em São Paulo capital, no São Paulo Golf Club e depois no interior, em Porto Feliz, na Fazenda Boa Vista.

Gazeta Esportiva

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente