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Campeã da LBF com o Sampaio, Iziane tem passado no basquete russo

Capitã do título do Sampaio Basquete na LBF em 2016 e maior cestinha em média da história da competição, com 19,9 pontos de média em 94 jogos, Iziane é mais uma das jogadoras históricas do torneio. Aos 22 anos e já com a experiência de duas temporadas na WNBA e vinda do basquete espanhol, Iziane [?]
21:45 | Jun. 19, 2018
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Capitã do título do Sampaio Basquete na LBF em 2016 e maior cestinha em média da história da competição, com 19,9 pontos de média em 94 jogos, Iziane é mais uma das jogadoras históricas do torneio. Aos 22 anos e já com a experiência de duas temporadas na WNBA e vinda do basquete espanhol, Iziane chegou a Ecaterimburgo,a na Rússia, no segundo semestre de 2004. A cidade recebe quatro jogos da fase de grupos da Copa do Mundo, bem diferente da época que Iziane desembarcou por lá.

?Lembro que fiquei bem impactada como tudo pareceu antigo. Os aviões em que viajávamos, pareciam aquelas militares de carga. Me sentia num filme da segunda guerra mundial?, recorda. O frio russo também foi outro aspecto que marcou: o recorde de menor temperatura enfrentado por ela foi 35 graus abaixo de zero. ?Sem dúvidas, prefiro os 35 graus de São Luís (risos)?, brinca a maranhense.

Além de Iziane, o UMMC Ekaterinburg tinha na temporada 2004/2005 nomes de peso como as norte-americanas Teresa Edwards (armadora quatro vezes campeã olímpica ? recordista da modalidade) e Yolanda Griffith, pivô dona de duas medalhas de ouro e que tornou-se uma grande amiga de Iziane fora das quadras.

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?Foi uma honra (jogar com elas). Eu me lembro delas desde quando assistia Hortência e Paula contra a seleção americana. Elas já eram mais velhas, mas ainda eram grandes jogadoras. Eu jogava muito mais com a Yolanda, por conta da limitação de estrangeiras que poderiam estar em quadra ao mesmo tempo. Mas as duas sempre muito atenciosas comigo em relação a me ensinar. Foi uma época de muito aprendizado. A Yolanda foi uma grande amiga minha. Saíamos o tempo todo juntas, uma convivência fora de quadra muito legal?, diz.

A raposa dos Urais, apelido da equipe, faturou o título da Copa da Rússia naquele ano. Na Liga Russa, foi terceira colocada, caindo nas semifinais para o Dínamo Moscou (na série pelo terceiro lugar, ainda venceria o Spartacus, de Noginsk).

Iziane voltaria a jogar no país quatro anos mais tarde, em 2008, para defender desta vez o Spartak Moscow Region. Na capital, jogou com a ala-pivô croata Vedrana Grgin (que atuou no Brasil) e reencontrou a australiana Lauren Jackson, com quem já havia jogado nos Estados Unidos, pelo Seattle Storm.?Moscou já é bem melhor. Mais moderna, de muito turismo; tudo lá é muito lindo?, relembra.

Mas Iziane não ficaria até o fim da temporada ? ela retornaria à WNBA, para jogar pelo Atlanta Dream. No entanto, participou da primeira fase da campanha que garantiu o bicampeonato russo ao Spartak, que venceu 21 de 22 jogos da primeira fase e derrotou na grande final o rival CSKA por 3 a 1.

A ala também aproveitou as duas passagens pelo maior país do mundo para ?turistar?. Em Ecaterimburgo, esteve na Igreja do Sangue, então recém-inaugurada e que havia sido construída no mesmo local da Casa Ipatiev, onde o último monarca russo, o Czar Nicolau II, e sua família foram assassinados por bolcheviques em 1918, após a Revolução Russa. Em Moscou, passagens obrigatórias pela Praça Vermelha, o Kremlin e o mausoléu do ex-líder soviético Lênin. ?Eu também adorava o circo. Ia toda vez que trocava o show?, recorda.

Para a ex-jogadora, a Rússia não foi das suas melhores experiências, mas apesar disso, sempre foi reconhecida no meio esportivo. ?Viver na Russia é bem ruim, não vou mentir. Mas eu era muito bem tratada entre dirigentes e atletas. Tinha uma tradutora. Adorava meu motorista, o Pavel, muito prestativo. Tratada como rainha mesmo?, finaliza Iziane.

Gazeta Esportiva

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