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Zé Roberto lamenta morte do mentor Bebeto: ?Perdemos um mestre?

Tricampeão olímpico como técnico, José Roberto Guimarães se projetou para o vôlei guiado pelos conselhos de Bebeto de Freitas, morto na última terça-feira aos 68 anos de idade. Neste domingo, durante participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o treinador lamentou a morte daquele que considera o seu mentor. ?Tive a possibilidade de jogar [?]
09:30 | Mar. 19, 2018
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Tricampeão olímpico como técnico, José Roberto Guimarães se projetou para o vôlei guiado pelos conselhos de Bebeto de Freitas, morto na última terça-feira aos 68 anos de idade. Neste domingo, durante participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o treinador lamentou a morte daquele que considera o seu mentor.

?Tive a possibilidade de jogar junto com ele em 1976, nas Olimpíadas de Montreal, e depois fui assistente dele em 1989 e 1990. O Bebeto era meu mentor. Foi quem me ensinou, me deu oportunidade, me incentivou, com quem aprendi tudo. Eu venho da escola dele?, rememorou o treinador da Seleção feminina, com a qual foi campeão olímpico em 2008 e 2012, em Pequim e Londres.

?Perdemos um grande mestre e que deu cara ao voleibol brasileiro. Então ficamos mais pobres, mas ele deixa um grande legado?, ressaltou Zé Roberto, campeão das Olimpíadas também com os homens, em 1992, em Barcelona.

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Após uma carreira vitoriosa como levantador, Bebeto assumiu a Seleção masculina no início dos anos 1980 e a liderou nas campanhas que culminaram com os vice-campeonatos mundial, em 1982, na Argentina, e olímpico, em 1984, na cidade norte-americana de Los Angeles. Resultados que fizeram aquele grupo de atletas ficar conhecido como a Geração de Prata.

?O voleibol era um antes dele e outro depois. Era um inovador, me incentivava a criar, inovar, a não fazer as mesmas coisas que os outros treinadores. E aquilo ficou na minha cabeça. Estrategicamente, era o melhor (técnico) que conheci. Os times dele tinham um padrão de jogo, eram muito bem montados?, afirmou Zé Roberto, que chegou a enfrentar Bebeto no futebol.

O embate aconteceu no fim dos anos 1990, quando Zé Roberto era gerente de futebol do Corinthians e Bebeto dirigente do Atlético-MG. No fim, o pupilo acabou levando a melhor sobre o seu mestre nos bastidores.

?Em 1999, eu fui para o Corinthians, e ele para o Atlético-MG. E teve uma disputa ali, porque ele queria levar o Dida. Aí eu recebi a informação e fui correr atrás do Dida, para trazê-lo para o Corinthians. Mas sempre tivemos um relacionamento muito bom, de muito respeito?, lembrou Zé, pego de surpresa com a notícia da morte de Bebeto.

?Sempre teve uma vida tranquila. Sempre trabalhou muito, não sei se estava praticando esportes ultimamente. Lutava pouquinho contra a balança, tinha uma propensão para engordar, mas sempre se cuidou, não fumava, bebia só socialmente. Foi muito surpreendente, uma coisa que ninguém esperava. Foi um baque que recebemos na terça-feira?, lamentou.

Atualmente Zé Roberto comanda o Hinode Barueri, equipe que fundou para disputar a Superliga feminina. Em sua primeira participação na primeira divisão do torneio, o time chegou até as quartas de final, mas acabou eliminado pelo Vôlei Nestlé/Osasco após duas derrotas por 3 sets a 1.

Trabalhando como diretor do Atlético-MG, Bebeto de Freitas morreu na última terça-feira, vítima de uma parada cardíaca durante o lançamento do time de futebol americano do clube. Ele recebeu atendimento médico prontamente, mas não resistiu e acabou falecendo dentro da Cidade do Galo. Seu corpo foi enterrado na quinta, no cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Gazeta Esportiva

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