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Aline Rocha é 1ª mulher do Brasil a disputar os Jogos Paralímpicos de Inverno

O Brasil conheceu o nome de seu primeiro representante nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pyeongchang, em 2018. A paranaense Aline Rocha, de 26 anos, obteve índice para participar das disputas de esqui cross-country no evento e faz história ao ser a primeira mulher do país a disputar os Jogos Paralímpicos de Inverno. ?Fazer algo [?]
14:30 | Dez. 11, 2017
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O Brasil conheceu o nome de seu primeiro representante nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pyeongchang, em 2018. A paranaense Aline Rocha, de 26 anos, obteve índice para participar das disputas de esqui cross-country no evento e faz história ao ser a primeira mulher do país a disputar os Jogos Paralímpicos de Inverno.

?Fazer algo para entrar para a história paralímpica do Brasil é, sem dúvida, uma enorme felicidade. Quero muito conquistar um grande resultado em Pyeongchang e mostrar que consigo estar brigando pelas primeiras posições?, afirmu Aline, que garantiu a classificação durante a primeira etapa da Copa do Mundo de esqui cross-country, no Canadá.

A brasileira ficou na 15° posição nas provas sprint e distance 5km. No entanto, como o que mais conta na avaliação é o percentual de aproximação da campeã da prova, ela conta que melhorou significativamente seu desempenho e fez as duas provas abaixo do índice exigido (180 pontos).

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Há um ano competindo na neve, a atleta nascida em Pinhão entrou no universo paralímpico por meio do atletismo. Aline começou a praticar corrida em cadeira de rodas (classe T54) quatro anos após ter sofrido um acidente de carro que lhe causou uma lesão medular e a perda dos movimentos das pernas.

Em 2016, a recordista em diferentes distâncias e tetracampeã da Corrida de São Silvestre conseguiu a classificação inédita para os Jogos Paralímpicos do Rio. Ainda no mesmo ano, conheceu de perto o esqui cross-country e logo foi para a Europa para se condicionar para competições na neve.

?A escolha do esporte de inverno surgiu como um desafio, a ideia de lutar por algo diferente, difícil, porém possível. Eu e meu técnico percebemos que alguns atletas corredores em cadeira de rodas utilizam o esqui cross-country para complementar seus treinos. Então, entendemos que, além de um grande desafio, essa segunda modalidade poderia contribuir muito para minha condição como atleta?, afirmou a paranaense.

Aline foi tão bem em sua preparação em solo europeu que, em janeiro deste ano, ela já estava competindo a Copa do Mundo de Esqui Cross-Country, na Ucrânia. E a série de triunfos não parou por aí. No início deste mês, a atleta foi vencedora do Prêmio Paralímpicos 2017 na categoria Esportes de Neve, sendo eleita a esportista da temporada das modalidades de inverno.

Esta será a segunda vez que o Brasil vai para Jogos Paralímpicos de Inverno. A primeira participação brasileira foi em Sochi, em 2014. André Cintra, do snowboard, e Fernando Aranha, do esqui cross-country, foram os atletas que compuseram a delegação do país na competição. A expectativa é que, em 2018, cinco competidores representem o país. Duas vagas, uma masculina e outra feminina, ocupada por Aline, já estão garantidas. Outros três convites foram requisitados.

Gazeta Esportiva

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