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Bial espera deixar todos de "queixo caído" com campanha do Basquete Cearense no NBB

15:42 | Out. 10, 2017
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[FOTO1] Alberto Bial é um dos nomes mais respeitados do basquete brasileiro. Jogador profissional por 16 anos, atuou em clubes como Fluminense e Flamengo. Depois de aposentado das quadras, emplacou uma carreira de treinador. Na caminhada foi campeão da América do Sul pelo Vasco em 1998, além de ter ganhado alguns títulos estaduais. Atualmente Bial é técnico e dirigente do Basquete Cearense, condição desde o inicio do projeto, em 2012. Em entrevista exclusiva ao O POVO, o treinador, aos 65 anos, prometeu um desempenho surpreendente no NBB, que começa no dia 6 de novembro: "Estamos esperando uma campanha inédita, que deixe a todos de queixo caído".

O POVO: O Basquete Cearense é um projeto iniciado em 2012 com você como figura central no projeto. Como você o enxerga?

Alberto Bial: Esse projeto passou a ser a razão do meu viver. O Ceará, quando vim pra cá, era um deserto quando se falava de basquete e criamos esse oásis chamado Basquete Cearense e desse oásis já vemos um jardim dando frutos. Destaco o Leal, jogador que esteve conosco nos amistosos no Rio, que é uma revelação. Eu detectei nele um talento, mas não esperava que já em 2017 ele estivesse jogando como está. Para mim, Leal representa o Ceará, a força do cearense que saiu do Cariri, e veio para Fortaleza com a família, e está jogando um basquetebol de qualidade. Ele cresceu não só seu desempenho técnico como físico, ganhou quase 30 quilos de massa muscular. Vejo nele um profissional que logo logo estará jogando em alto nível. Eu comparo o crescimento do Basquete Cearense com o desenvolvimento do Leal. Hoje nós podemos encarar qualquer time do basquete brasileiro assim como o Leal pode disputar contra qualquer jogador em nível de igualdade.

OP: Como o Basquete Cearense está se preparando para o inicio da temporada?


Bial: Fomos para Pindamoiangaba-SP e disputamos uma série de quatro jogos contra a seleção de Camarões, vencemos três, perdemos um, e fomos campeões do Torneio da Amizade. No Rio de Janeiro disputamos amistosos contra Vasco, Minas, Botafogo e a seleção do Chile, terminamos vencendo todos os jogos.

OP: O time tem alguns nomes novos. Quem foram os contratados para esta temporada?

Bial: Contratamos dois norte-americanos de 22 anos, Nathan Benjamin e Eric Laster, que vieram ao Brasil em busca de uma oportunidade entre os profissionais. Também contratamos três brasileiros, o Paulinho Boracini, armador ex Minas, o ala-armador Betinho Duarte que veio do Campo Mourão e o Bruno Fiorotto, que jogou a última temporada no Vasco da Gama. A equipe está bem jovial. Vamos tentar surpreender os concorrentes.

OP: O destaque desse elenco do Basquete Cearense é o Davi Rossetto, que recentemente foi convocado para seleção brasileira?

Bial
: O Davi tem uma história interessante. Ele é o caso do jogador que foi renegado no basquetebol do sul e veio para cá. Um jogador de potencial incrível que trabalhou muito e hoje se tornou um patrimônio do Basquete Cearense e não a toa é o nosso capitão.

OP: O clube a cada ano atrai cada vez mais público nos ginásios. O quão importante é o apoio da torcida?

Bial:
Já tive a satisfação de ver o Ginásio Paulo Sarasate lotado e este ano também jogaremos no Centro de Formação Olímpica (CFO). Seria fantástico ver aquele ginásio com 20 mil pessoas vibrando. O principal fim do Basquete Cearense é levar alegrias e bons exemplos por meio do basquetebol ao povo cearense.

OP: Existe algum outro projeto em mente além do esportivo?

Bial: Eu tenho planos de construir um ginásio para três ou quatro mil pessoas, assim como outros clubes possuem escolinhas de formação de atletas e outros, eventos. Projetos que firmem o clube como uma marca e façam com que o ele seja autossustentável.

OP: Qual projeção você faz para temporada deste ano?

Bial: Eu espero uma campanha inédita (a melhor ocorreu em 2015/2016, quando o time chegou até as quartas de final). Queremos conseguir algo extraordinário, diferente do que conseguimos até agora. Algo que deixe o queixo de todos caído. No esporte temos que pensar no dia a dia, ainda mais numa competição tão dura como o NBB. Mas por que não?! Visualizar uma possível finalíssima. Seria histórico um time do Nordeste disputando uma final de campeonato nacional. É por esses objetivos que trabalhamos a cada dia com muita determinação e humildade.

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