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CBFS aposta em Falcão para captar patrocínios e remontar futsal do Brasil

09:35 | Ago. 01, 2017
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[FOTO1]A Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) apresentou nesta segunda-feira a “Nova Seleção Brasileira”. Após ser eliminada nas oitavas de final da última Copa do Mundo, no ano passado, pelo Irã, a equipe verde e amarela espera que, com todas as medidas apresentadas, possa retomar não só a soberania no esporte, mas também a credibilidade com os jogadores e com o mercado. Para isso, eles apostam em um nome: Alessandro Rosa Vieira, mais conhecido como Falcão.
 
Depois de realizar o que seria seu último jogo com a camisa amarelinha em março deste ano, em um amistoso contra a Colômbia, Falcão decidiu desistir de sua aposentadoria da Seleção Brasileira por conta de mudanças na gestão do futsal brasileiro, que voltou a pertencer a CBFS após permanecer seis meses na mão do Grupo Águia, especializado em marketing e indicado pela CBF. Confiante de que os que estão à frente da entidade agora possam realizar um grande trabalho para resgatar o futsal brasileiro, o craque da camisa 12 se uniu aos responsáveis pelo projeto e foi apresentado como novo embaixador de relações institucionais.
 
Agora também como cartola, Falcão poderá atuar dentro de quadra, mas deverá ter participação elementar fora dela. Em meio a dividas da CBFS, o melhor jogador da história do futsal será responsável, principalmente, por captar patrocínios à entidade. Além disso, ele também irá intermediar a relação da Confederação com os jogadores e colaborar com o planejamento deste novo ciclo, visando o Mundial de 2020.
 
“Quando me procuraram, falei que queria voltar, mas ter uma relação mais relacionada ao dia a dia. Sou meio metido a marqueteiro, negociador, e queria passar essa minha experiência, ajudar a CBFS. Em pronto aceitamento, membros da CBFS foram a Sorocaba, onde tivemos uma conversa muito boa, positiva, em que eu deixei bem claro o que achava interessante daqui para frente. Não decido nada, apenas participo das decisões, participo de reuniões com patrocinadores, indico patrocínios”, disse Falcão, que se orgulha de já começar sua trajetória nos bastidores com o pé direito.
 
[FOTO2] “Já negociamos com dois e estamos negociando com outros patrocinadores. Esse é o momento de mudar, de a CBFS entender o que o atleta pensa e eu entender o que a CBFS pensa para passar aos atletas. Números, premiações, tudo isso”, completou.
 
Também foi realizado nesta segunda-feira a apresentação do novo técnico da Seleção Brasileira de Futsal, Marquinhos Xavier. Desde maio de 2014 no Carlos Barbosa, o treinador conquistou pela equipe gaúcha a Liga Nacional de Futsal de 2015, a Libertadores deste ano, além do vice-campeonato mundial de 2016, no Catar. É ele quem carregará a grande responsabilidade de recolocar o Brasil no topo.
 
A chegada de um novo treinador e a presença de Falcão agora também fora das quadras, pode fazer com que a Seleção Brasileira retome o prestígio também com os jogadores. Após não pagar a premiação pelo título do Mundial de 2012, que aconteceu na Tailândia, a CBFS acabou se queimando com os atletas que disputaram a competição. Passados pouco menos de cinco anos, o craque da camisa 12 admite que o débito ainda não foi quitado, mas garante que um de seus compromissos é fazer com que os atletas voltem a sentir orgulho de defender o país.
 
“O nosso pedido de premiação era porque a gente sabia da CBFS o que entrava de dinheiro e para onde ele ia. Nunca foi prioridade essa premiação.  Ela nem chegou a ser combinada, nem documentada, diferentemente de 2008, que foi combinado, documentado e pago. Isso vai ser muito fácil de combinar com os jogadores, o lado financeiro nunca os seduziu. Minha ideia e minha função é justamente passar para os jogadores esse recomeço e trazer essa vontade de eles vestirem a camisa da Seleção. Quando comecei minha carreira, eu não me importava de pagar minha conta de telefone, queria estar na Seleção Brasileira. Eu e o Marquinhos [Xavier] temos esse compromisso de resgatar o orgulho dos jogadores em vestir a camisa da Seleção”, concluiu Falcão.
Gazeta Press

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