Inglaterra adia retorno de público aos estádios por aumento de casos de covid-19
Reino Unido vivia expectativa de ter torcedores nos estádios a partir de outubro. Entretanto, com o aumento de casos, as autoridades optaram pela cautelaO primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou nesta terça-feira que a volta do público aos estádios não começará no início de outubro, conforme planejado, devido ao ressurgimento de casos do coronavírus no país.
“Devemos reconhecer que a propagação do vírus afeta nossa capacidade de reabrir conferências econômicas, exposições e eventos esportivos”, afirmou.
“Portanto, não poderemos fazer isso no dia 1º de outubro e estou ciente do que significa para os nossos clubes esportivos, que são a vida e a alma das nossas comunidades. O Ministro da Economia e o Secretário de Estado da Cultura estão trabalhando com urgência no que pode ser feito para apoiá-los", acrescentou.
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AssineO ministro de Estado, Michael Gove, havia anunciado horas antes que uma "reabertura em massa" dos estádios não seria adequada, apesar das dificuldades econômicas no ambiente esportivo devido à crise econômica provocada pela pandemia de covid-19.
"Um programa por etapas para o retorno das pessoas estava em estudo, não era uma questão de ter os estádios lotados", explicou Gove, um dos ministros mais próximos de Johnson, na BBC.
“O que queremos é que, quando as circunstâncias permitirem, as pessoas possam voltar”, destacou.
No dia 11 de setembro, a Premier League (entidade que organiza o Campeonato Inglês) anunciou que não participaria dos testes para o retorno dos torcedores às arquibancadas desde que fossem limitados a 1.000 pessoas, por considerá-los insuficientes.
O aumento do número de casos de covid-19 forçou a criação de um quadro mais rígido para 'jogos-teste', principalmente no futebol, e a limitar a 1.000 pessoas que podem acompanhar nestes eventos, um cenário que não satisfaz aos clubes ingleses.
Vários jogos-teste agendados para os próximos dias, especialmente o rúgbi, foram cancelados ou serão disputados a portas fechadas.
Os dirigentes esportivos de mais de 100 clubes alertaram Boris Johnson sobre as perdas econômicas devido à falta de lucro na venda de ingressos, solicitando socorro emergencial. O diretor esportivo da Premier League, Richard Masters, falou na terça-feira sobre uma situação "crítica".
Downing Street anunciou nesta terça-feira novas restrições para combater a pandemia, incluindo o fechamento de bares e restaurantes a partir das 22h (17h de Brasília), além de promover o teletrabalho. O Reino Unido é o país mais atingido na Europa, com mais de 42.000 mortes. Atualmente, o número de contaminações "dobra a cada sete dias", disse o assessor científico do governo Patrick Vallance.
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