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Alvo de investigação, Gianni Infantino seguirá à frente da Fifa

Comunicado emitido pela entidade máxima do futebol informou que o dirigente seguirá no cargo
14:57 | Ago. 03, 2020
Autor AFP
Tipo Notícia

Gianni Infantino continuará exercendo o cargo de presidente da Fifa, anunciou a instituição neste domingo, apesar do processo criminal aberto pela justiça suíça contra o chefe do futebol mundial por suspeita de corrupção, num caso conhecido com o nome de Fifagate.

"A Fifa e o presidente da Fifa negam categoricamente qualquer sugestão ou alusão de que o presidente da Fifa tenha tentado exercer qualquer tipo de influência indevida", indica o comunicado divulgado pela entidade.

"O presidente da Fifa continuará exercendo plenamente suas funções na Fifa e assumirá suas responsabilidades. Ao mesmo tempo, continuará a cooperar com as autoridades da Suíça e do mundo", acrescentou o texto.

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Na quinta-feira, o promotor federal extraordinário suíço Stefan Keller abriu um processo criminal contra o Infantino e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold, principalmente por "abuso de autoridade", "violação do sigilo de função" e "obstrução da ação criminal", de acordo com as autoridades.

O anúncio foi feito uma semana depois do pedido de demissão do procurador-geral suíço Michael Lauber, questionado por sua gestão do Fifagate e suspeito de conluio com Infantino.

Lauber, então responsável pela investigação sobre o Fifagate, e Infantino, se encontraram de forma informal em vários ocasiões em 2016 e 2017, o que provocou dúvidas sobre um eventual conluio.

O procurador Stefan Keller, nomeado no fim de junho para examinar as denúncias penais apresentadas contra Lauber e Infantino, pediu a retirada da imunidade do primeiro para também ter condições de iniciar um processo contra ele.

Ele concluiu que "existem elementos que constituem um comportamento questionável" após um dos encontros entre Michael Lauber, o presidente da FifA e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold.

O Fifagate começou com a operação da polícia de Zurique contra dirigentes da Fifa no hotel Baur au Lac em 2015. Na ocasião, a entidade era presidida por Sepp Blatter. Mais de 40 pessoas foram indiciadas até o momento pela justiça americana no caso, que revelou um vasto sistema de corrupção. Na Suíça, mais de 20 processos relacionados com a Fifa foram abertos nos últimos cinco anos.

Já a Fifa assegura em seu comunicado que Infantino nunca ocultou as reuniões que teve com Lauber e critica os procedimentos da justiça suíça.

"Não houve e não há absolutamente nenhuma razão para iniciar uma investigação, porque nada de criminoso ou remotamente ocorreu. Não há nenhuma evidência concreta de qualquer tipo de crime", conclui a Fifa em seu comunicado.

 

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