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Hernanes relembra ?gol da alma? em vitória épica do São Paulo no Rio

?Aqui é São Paulo, piii?. Proferida em um momento de êxtase, a frase marcou o retorno de Hernanes ao Tricolor em julho do ano passado. Em sua reestreia pelo clube, no dia 29 daquele mês, o Profeta marcou um dos gols da épica vitória por 4 a 3 sobre o Botafogo, no Engenhão. Às 16 [?]
07:15 | Set. 30, 2018
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?Aqui é São Paulo, piii?. Proferida em um momento de êxtase, a frase marcou o retorno de Hernanes ao Tricolor em julho do ano passado. Em sua reestreia pelo clube, no dia 29 daquele mês, o Profeta marcou um dos gols da épica vitória por 4 a 3 sobre o Botafogo, no Engenhão.

Às 16 horas (de Brasília) deste domingo, pelo Campeonato Brasileiro 2018, o estádio será palco de mais um encontro entre as equipes. Desta vez, já de volta ao chinês Hebei Fortune, o meio-campista não poderá ajudar o time dirigido por Diego Aguirre. O que não o impede de ainda se regozijar ao lembrar-se daquela tarde de sábado no Rio de Janeiro.

?A lembrança que tenho daquele gol foi de mais um momento incrível, inesquecível, de uma alegria imensa, porque eu tinha ficado um período meio que escondido na China?, afirmou Hernanes à Gazeta Esportiva.

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Na ocasião, ele anotou o terceiro tento do São Paulo, já aos 40 minutos do segundo tempo. Aproveitando rebote de seu próprio chute, bateu forte de esquerda, sem chances para Gatito Fernandez.

?Aquele gol foi algo que veio da alma. Fazia somente oito dias que tinha voltado ao Brasil, foi um gol que eu busquei lá dentro a força para superar os momentos de adversidade dentro do jogo. Foi um momento de superação?, descreveu.

Perdendo por 3 a 1, a equipe então comandada por Dorival Júnior marcou três gols em oito minutos, entre os 38 e os 46 da etapa final, sendo dois deles de Marcos Guilherme, que fazia sua primeira partida com a camisa tricolor. A vitória deu fôlego ao São Paulo na briga contra o rebaixamento, do qual escapou ao término da competição.

?Aquele jogo foi todo marcante, o São Paulo vivendo uma situação complicada e eu com a gana, com a vontade de demonstrar todo o potencial, toda a raça para sair daquele momento?, relembrou.

Diferentemente do que ocorrera em 2017, o São Paulo agora briga na parte de cima da tabela. Passadas 26 rodadas, o clube lidera o Brasileirão com 51 pontos. Embora não possa acompanhar as partidas por causa do fuso horário, Hernanes está na torcida e confia no heptacampeonato brasileiro.

?Infelizmente aqui eu não consigo assistir aos jogos, mas tenho acompanhado sempre os resultados. Estou na torcida para o time alcançar mais esse título. A torcida é grande e, se Deus quiser, se continuar na mesma pegada, tem tudo para ser campeão?, analisou.

Aos 33 anos, o jogador revelado em Cotia não se mostra surpreso com a discrepância entre as campanhas das últimas duas temporadas. Afirma que as mudanças no futebol ocorrem de forma célere e atribui a evolução do time a contratações pontuais e à chegada de uma dupla de dirigentes.

?Algumas peças permaneceram para esse ano e chegaram Raí [executivo de futebol] e Ricardo Rocha [coordenador] com grande visão. E trouxeram peças importantes, reforçaram a equipe. No futebol as coisas acontecem muito rápido quando se toma as decisões certas. O São Paulo acertou nas decisões e está colhendo os frutos?, explicou.

Um dos líderes da equipe de 2017, Hernanes marcou nove gols em 19 partidas e foi fundamental para a permanência do São Paulo na Série A. Agora, ele vê outros dois veteranos serem protagonistas na campanha pelo título nacional.

?O Diego [Souza] e o Nenê são craques de bola, fazem diferença dentro de campo. Além de experiência, o mais importante é ter a qualidade. E eles têm. Por isso estão conseguindo dar uma contribuição importante para o time?, argumentou.

Campeão brasileiro pelo São Paulo em 2007 e 2008, Hernanes ganhou a alcunha de ?Profeta? pela profundidade de seus pensamentos. Dez anos depois do tricampeonato brasileiro, porém, o ídolo tricolor não se arrisca a profetizar o destino da equipe no Brasileiro.

?Profecia não tenho, até porque não podendo estar vivendo a situação não dá para? Só vejo os números, que são muito frios. A profecia não se baseia em números, mas sim em algo mais profundo (risos). É uma análise completa do número e da essência do comportamento humano. Então sem profecias?, decretou.

Gazeta Esportiva

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