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Santos vê pressão de Zeca e Corinthians, mas descarta acordo

O Santos acredita que Zeca, seus representantes e o Corinthians estão fazendo pressão por um acordo antes da audiência sobre o pedido de rescisão contratual, marcada para a primeira quinzena de abril. O Peixe prefere correr o risco e não cogita qualquer negociação antes do veredito na Justiça. O departamento jurídico entende que o habeas [?]
06:15 | Mar. 14, 2018
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O Santos acredita que Zeca, seus representantes e o Corinthians estão fazendo pressão por um acordo antes da audiência sobre o pedido de rescisão contratual, marcada para a primeira quinzena de abril. O Peixe prefere correr o risco e não cogita qualquer negociação antes do veredito na Justiça.

O departamento jurídico entende que o habeas corpus cedido a Zeca é frágil. Ele pode, sim, assinar com qualquer clube, assim como o alvinegro tem o direito de cobrar a multa rescisória de R$ 150 milhões, de acordo com o presidente José Carlos Peres.

O Santos se baseia em Flamengo e Girona-ESP, que tentaram contratar Zeca recentemente, mas esbarraram no conselho de seus advogados. Para o Peixe, a situação não mudou e o Corinthians será cobrado pela multa. Já o Timão diz ter uma garantia dos empresários do lateral-esquerdo: se o pagamento tiver que ser feito, não será por meio do clube.

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Relação estremecida

Peres e os demais membros da diretoria do Santos estão descontentes com a postura do Corinthians na negociação. O rival só avisou o Peixe sobre o acerto com Zeca depois da realização de exames médicos. Em uma consulta anterior, o Timão acenou com uma troca de jogadores e ouviu ?não? como resposta.

Internamente, o alvinegro lembra do caso de Marquinhos Gabriel. O meia esteve nos planos, gostaria de voltar à Vila Belmiro, mas o Santos conversou primeiro com o Corinthians, recebeu a negativa e não avançou.

Em empate por 2 a 2 diante do Vitória, no dia 16 de outubro de 2017, no Pacaembu, Zeca foi ao alambrado reclamar com torcedores após dar uma assistência para Jean Mota. Horas depois, em uma rede social, publicou dedos do meio e cornetas. Na entrevista desta sexta-feira, afirmou que foi mal interpretado pelos santistas.

Com a repercussão negativa, a antiga diretoria, do presidente Modesto Roma, optou por afastá-lo do time para enfrentar o Sport, no dia 19. O capitão Ricardo Oliveira e outros atletas pediram para que o clube revisse a opção e Zeca foi para a partida, e atuou como titular.

No retorno de Recife, Zeca foi cobrado por alguns torcedores no aeroporto em São Paulo. O lateral alega ter sido agredido no rosto. Algumas imagens da época mostram tapas e empurrões. O atleta, na coletiva, reclamou da falta de um esquema de segurança do clube para a passagem dos jogadores em direção ao ônibus.

Zeca se manteve quieto e enfrentou o Atlético-GO, na Vila Belmiro, no dia 22. O lateral quebrou o silêncio do elenco para conversar com a imprensa no intervalo da partida.

?Nosso time está treinando bem. Empatamos alguns jogos. (?) Acho que a torcida merece coisa melhor. É a hora de dar a cara. Tem de ter personalidade. Amo o Santos e vou lutar por ele?, disse Zeca.

A rescisão contratual foi pedida na Justiça quatro dias depois da declaração de amor. O fundo de garantia foi pago, mas ainda há dívida em luvas e bonificações, o que não é suficiente para a saída do clube sem custos. Na entrevista desta sexta, Zeca disse que as ameaças foram feitas também para a sua mãe, que sofre problemas psicológicos e estava com dificuldade no tratamento. Diante disso, ele decidiu entrar na Justiça e precisou deixar Santos às pressas, sem nem se despedir dos seus companheiros.

Zeca comparou a situação com a de Gustavo Scarpa no Palmeiras. Eles são agenciados pela mesma empresa. O meia, porém, tinha salários atrasados no Fluminense e, rapidamente, conseguiu a rescisão contratual, algo que não deve ocorrer com o ex-santista.

Gazeta Esportiva

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