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?Cobertor curto?: Jair explica opção por Renato e Vecchio no Santos

Ainda na pré-temporada, o técnico Jair Ventura analisou o elenco do Santos, percebeu a ausência de um meia clássico com a saída de Lucas Lima e optou pelo esquema tático 4-1-4-1, com um volante e dois médios. A intenção era (e é) ter dois meio-campistas que defendam como volantes e ataquem como armadores. Não houve [?]
06:15 | Fev. 28, 2018
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Ainda na pré-temporada, o técnico Jair Ventura analisou o elenco do Santos, percebeu a ausência de um meia clássico com a saída de Lucas Lima e optou pelo esquema tático 4-1-4-1, com um volante e dois médios. A intenção era (e é) ter dois meio-campistas que defendam como volantes e ataquem como armadores.

Não houve dúvida para definir Alison como o dono do primeiro ?1? do esquema. E na frente dele, Renato e Vecchio foram os escolhidos. A decisão gera críticas de parte da torcida por causa de uma suposta lentidão da dupla em comparação a outros atletas, como Vitor Bueno, Matheus Jesus, Léo Cittadini e Jean Mota, testados na função.

Em entrevista à Gazeta Esportiva, Jair explicou a opção feita para o meio-campo santista. Ele admite que a formação pode preocupar em situações específicas de Libertadores, como a pressão exercida pelos adversários fora de casa, mas prefere ter qualidade com a bola nos pés do que apenas rapidez ou forte marcação.

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?É o cobertor curto. Não podemos ter jogadores apenas de velocidade, sem qualidade no passe. Temos que mesclar. Alison dá cobertura muito boa, com marcação sensacional. Ele ocupa espaços e faz cobertura de todos. Pode preocupar, lógico, mas ganhamos em qualidade no jogo apoiado. Erramos pouco com Renato e Vecchio. Se eu tenho um cara dinâmico, que corre, mas entrega a bola? E aí, o que a gente quer? Queremos posse ou só marcação? Temos que ter qualidade, jogar, ficar com a bola, errar pouco. Não podemos ter apenas jogadores rápidos para sair na transição. Por isso a opção por jogadores mais técnicos. Santos quer propor jogo dentro ou fora, marcamos alto contra todos os clubes. Santos correrá riscos, mas será o Santos?, analisou o treinador.

A escalação de Renato era óbvia. O volante de 38 anos é ídolo, capitão do time e os números demonstram que ainda pode atuar em alto nível. Em relação a Vecchio, a titularidade surpreendeu. O argentino ganhou uma sequência inédita no Peixe desde 2016 e atuou em todas as nove rodadas do Campeonato Paulista.

?Não podemos exigir fibra rápida (muscular) de quem tem fibra lenta. Ele não vai correr como o Arthur Gomes, mas o Arthur não dará os passes que ele dá. Queremos jogadores fortes e rápidos, mas é difícil ser completo. Vecchio é um cara de organização, de aproximar, chegar, ler o jogo, mas está ajudando na marcação. É um cara que vem jogando bem, importante, com sequência boa, confiante e na posição que se sente mais confortável. Fico feliz por essa continuidade?, explicou Jair.

A equipe de Jair Ventura terá um teste importante nesta quinta-feira, contra o Real Garcilaso, às 19h15 (de Brasília), no Peru, pela estreia na Libertadores da América. Renato, Vecchio e os demais jogadores terão de superar os 3.400 metros de altitude e a pressão dos donos da casa em Cuzco. Chance para provar que a técnica vale mais do que a velocidade.

Gazeta Esportiva

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