Vojvoda lamenta confusão entre torcidas no Recife e pede "medidas fortes"
O técnico falou sobre o ocorrido no estado pernambucano e relembrou o atentado sofrido pelo ônibus tricolor na última temporada
A confusão entre torcedores de Santa Cruz e Sport, ocorrida no último sábado, 1º, em Recife (PE), antes do Clássico das Multidões, foi um dos temas abordados pelo técnico do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, na coletiva de imprensa após a vitória tricolor por 1 a 0 sobre o Floresta, no mesmo dia.
O treinador argentino lamentou o episódio e ressaltou que o futebol não deve ser palco para esse tipo de situação. "Muito triste (a confusão). Hoje tivemos essa notícia antes do jogo e, na verdade, o futebol brasileiro é sinônimo de alegria, torcida e diversão para todos. Essas coisas não ajudam."
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"Acredito que cada um deve fazer a sua parte, e as autoridades precisam tomar medidas fortes. Muitas vezes essas medidas fortes ajudam, pois quando em sua casa o seu filho comete um erro e você toma uma medida forte, ele compreende isso. Há momentos que essas medidas tem que acontecer para o bem de todos, pois não é bom que paguem os justos pelos pecadores"," completou.
Diante do ocorrido, o governo de Pernambuco determinou que os próximos jogos de Santa e Sport fossem disputados com portões fechados. Um desses confrontos será entre o Leão da Ilha e o Tricolor do Pici, na terça-feira, 4, às 21h30min, na Ilha do Retiro, pela Copa do Nordeste.
Atentado ao Fortaleza em Recife
Na coletiva após a partida contra o Floresta, Vojvoda foi questionado sobre um possível reforço na segurança da delegação do Fortaleza durante a estadia em Recife.
A pergunta surgiu porque, na temporada passada, o ônibus do clube leonino foi atacado por torcedores do Sport após um jogo da fase inicial da Copa do Nordeste.
O técnico reconheceu que o duelo ganhou um clima de tensão, mas destacou a força mental do elenco. "É um jogo que tem esse fator extra, uma tensão fora de campo, e acredito que as autoridades estarão atentas a isso, tanto pelo que aconteceu no ano passado quanto agora."
"Tenho confiança de que haverá um esquema de segurança adequado. Não acho que precise trabalhar o psicológico dos jogadores especificamente para isso, pois situações assim já ocorreram antes. As forças de segurança farão seu trabalho, pois é dever delas proteger os cidadãos, não apenas os atletas," finalizou.