Fortaleza faz história na Argentina, vence o San Lorenzo e se isola na liderança da Sula

Com gols de Tinga e Guilherme, o Leão bateu o clube argentino fora de casa e deu um passo gigante na busca pela classificação à fase mata-mata do torneio continental

Com gols nos acréscimos, o Fortaleza venceu o San Lorenzo por 2 a 0 no Estádio Pedro Bidegain, em Buenos Aires, na Argentina, e conquistou uma vitória histórica pela Copa Sul-Americana. Valente, o Tricolor do Pici deu um importante passo na busca pela classificação à fase mata-mata, já que além de vencer o seu principal concorrente na Argentina — feito inédito —, também abriu ótima margem na liderança do Chave H.

Agora, o Leão tem três pontos de vantagem em relação ao San Lorenzo e Palestino, empatados na segunda colocação. O próximo adversário do Tricolor no torneio continental, que será o Estudiantes de Mérida-VEN na Arena Castelão, é o lanterna.

Sem muito tempo para descansar e celebrar o triunfo, o Fortaleza volta o foco para o Brasileirão, pelo qual enfrenta o Coritiba no domingo, 23, às 18h30min, novamente longe da capital cearense, desta vez no Couto Pereira. O duelo contra o Estudiantes de Mérida-VEN acontece somente no dia 4, uma quinta-feira.

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O jogo

O primeiro tempo entre San Lorenzo e Fortaleza não foi de grandes emoções. Empurrado pelo apoio da torcida, o clube argentino assumiu, naturalmente, o protagonismo das ações ao longo dos 45 minutos iniciais, mantendo para si a posse de bola e exercendo certa pressão territorial no campo tricolor. A boa organização defensiva do Fortaleza, entretanto, freou o ímpeto dos donos da casa, que praticamente não levaram perigo ao gol defendido por Fernando Miguel.

Pelo lado da equipe cearense, o desempenho ofensivo deixou a desejar, situação que teve como agravante a saída precoce de Lucero, aos 15 minutos, que deixou o campo após sentir desconforto no músculo posterior da coxa direita e foi substituído por Romero. Sem o artilheiro, o Tricolor perdeu algumas características importantes para a dinâmica do ataque, que envolvem mobilidade, construção e pressão.

Consequentemente, o time de Vojvoda passou a concentrar a maior parte das tentativas de avanços pelo lado esquerdo, com Moisés. O velocista, embora não tenha encontrado muitos espaços, protagonizou um lance crucial que poderia ter mudado o rumo da primeira etapa. No lance, o camisa 21 fez boa jogada individual, driblou o marcador e acabou sofrendo um pisão dentro da área. O juiz de campo, assim como o VAR, entenderam que não foi pênalti e mandaram o jogo seguir.

No geral, o primeiro tempo ficou marcado muito mais pela entrega física dos jogadores de ambos os times do que por aspectos técnicos. Nos momentos em que o San Lorenzo conseguiu construir ofensivamente, limitou-se a chegar na linha de fundo e cruzar para a área. Ainda assim, o clube argentino finalizou seis vezes contra nenhuma do Tricolor.

Na volta do intervalo para o segundo tempo, a atuação do Fortaleza piorou. Desatento na defesa, a equipe sofreu alguns perigos que poderiam ser evitados, um deles com Bareiro ficando livre na grande área — o atacante finalizou por cima do gol. Sentindo a necessidade de revitalizar o time, Vojvoda promoveu as entradas de Hércules e Calebe nos lugares de Sasha e Pochettino, respectivamente. A dupla entrou bem.

Após suportar os 15 minutos de pressão do San Lorenzo, o Leão se restabeleceu no jogo e equilibrou as ações. A parte ofensiva, porém, seguiu sendo um problema para a equipe cearense, que encontrou muitas dificuldades para ser efetivo — e objetivo — no campo adversário. Com 30 minutos da etapa final, o Fortaleza não havia finalizado sequer uma única vez em direção ao gol argentino.

Mas o Fortaleza tinha uma carta na manga e a utilizou nos acréscimos do confronto. Na primeira, em uma falta batida por Calebe, Tinga apareceu como homem surpresa dentro da área e, com a categoria de um centroavante, finalizou bonito para os fundos das redes. A alegria pelo tento foi potencializada minutos depois, quando Guilherme também estufou o gol.

A enorme vitória representou a primeira da história do Tricolor atuando em solo argentino. Mais que isso, foi um passo gigante para a consolidação da equipe na liderança da Chave H, que demonstrou ser, de fato, o time a ser batido neste restante da fase de grupos.

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