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Por que o Fortaleza optou por retomar atividades durante a pandemia com treinos em Maracanaú

Centro de Treinamento Ribamar Bezerra vem sendo usado pelo elenco tricolor desde o reinício dos treinamentos. Com três campos, espaço facilita atividades, sem ameaçar o distanciamento social. Sede do clube está com obras paradas em decorrência da pandemia
18:58 | Jun. 07, 2020
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

Quando estabeleceu seu protocolo de volta às atividades em meio à pandemia de novo coronavírus, o Fortaleza decidiu que o CT Ribamar Bezerra, em Maracanaú, seria o local dos treinamentos. A escolha não foi por acaso: além de promover isolamento social maior, por estar num lugar fechado e fora da Capital, a estrutura do local também favorece o cumprimento de medidas de saúde para prevenir o contágio pelo novo coronavírus.

O Centro de Treinamento possui três campos com medidas oficiais, alojamentos individuais e departamentos individualizados. Todos esses fatores favoreceram a escolha do local, como explica o diretor de futebol do Leão, Daniel de Paula Pessoa. “O CT tá oferecendo uma condição de estrutura melhor que o Alcides Santos (no Pici), até porque as obras ainda não foram concluídas (na sede)”. O dirigente reforça que as especificações do espaço facilitam o cumprimento dos parâmetros determinados pelo protocolo de saúde do clube.

A utilização de mais de um campo faz com que o elenco precise trabalhar apenas no período da tarde e dá a Rogério Ceni uma visão maior do que acontece nos treinos. Os jogadores são divididos em quatro grupos: dois treinam das 15 horas às 16h15min e os demais vão das 16h15min às 17h30min. Os horários de cada grupo são invertidos todo dia, e os goleiros trabalham de forma separada.

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Assim, dos três campos à disposição, dois são usados simultaneamente. Até que o futebol volte, o Fortaleza deve continuar com as atividades em Maracanaú, e ainda não há previsão para que a equipe volte a treinar no Pici: “Isso é o que está ajudando, por isso que a gente escolheu o CT pra essa atividade, pra esse retorno. E acredito que a gente vai permanecer com o CT por um bom tempo, tendo em vista que as obras do Alcides Santos paralisaram há quase 90 dias”, conta Daniel de Paula.

Durante os trabalhos, os equipamentos da academia são espalhados no gramado para dar continuidade aos exercícios de musculação. Além da própria estrutura do CT, o Fortaleza também oferece alguns itens para os jogadores. “Cada atleta recebeu um kit com seu nome, numa tupperware (pote fechado com tampa), com toalha, garrafa de café, suco, suplemento, barra de cereal, cinco ou seis copos de água, uma fruta e um sanduíche para depois da prática”, diz Daniel.

Não é de hoje que o Leão tira proveito da estrutura do CT. A equipe treina no local regularmente desde a chegada de Rogério Ceni, que exigiu estrutura mais ampla do que a que ele encontrou no estádio Alcides Santos no fim de 2017. Com influência do treinador, hoje o Pici passa por uma reforma estrutural para construção do Centro de Excelência, que inclui sala de troféus, academia e novo gramado, além de outras obras de requalificação.

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