Marcelo Paz fala sobre administrar o Fortaleza na pandemia: "Cada um tem que perder um pouco"
Presidente do Leão falou em entrevista ao programa Troca de Passes, do SporTV, na noite dessa terça-feira, 7O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, deu entrevista ao programa Troca de Passes, do canal SporTV, na noite dessa terça-feira, 7. Na conversa, o dirigente falou sobre os efeitos da pandemia do coronavírus na administração do Fortaleza, além dos acordos salariais feitos com os jogadores e as medidas adotadas pelo clube para amenizar os impactos financeiros.
Com as incertezas no calendário do futebol brasileiro, Paz falou sobre a possibilidade de ter que prorrogar contratos de jogadores além desta temporada: “Quando termina a temporada, naturalmente se fazem alguns ajustes. Os próprios jogadores querem sair, então quando vem uma obrigação de cima pra baixo, acho um pouco delicado a gente assumir isso”, disse o presidente.
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Porém, o dirigente acredita que algumas medidas que virão “de cima pra baixo” devem ajudar os clubes a contornar essas situações e sair da pandemia da melhor forma possível: “Da mesma forma que vêm essas obrigações, também vêm algumas situações que são vistas pela CBF e pela Conmebol, de gerar um pouco de conforto aos clubes nesse momento difícil. Todas essas situações que vêm de fora, a gente tem que ter a sabedoria de administrar bem”.
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Com quedas nas receitas de bilheteria, cotas de TV, lojas oficiais e sócio-torcedor, o Fortaleza teve que diminuir as despesas. Para isso, o clube foi obrigado mexer na remuneração dos atletas. “O salário dos jogadores, em qualquer clube de futebol, é a maior parcela de despesa”, afirmou Marcelo Paz. “No caso do Fortaleza, posso dizer que os jogadores foram muito sensíveis, abrimos o jogo e eles entenderam a situação, aceitaram a redução. Até pelo acordo com o clube de preservar os postos de trabalho das pessoas que mais precisam”.
Por fim, o presidente deixou claro que, no meio de uma pandemia sem precedentes nas últimas décadas, é natural que todos tenham que abrir mão de alguma coisa. “Cada um tem que entender que tem que perder um pouco. Temos uma diretoria remunerada e todos nós cortamos parte do salário. É um momento de adaptação, não adianta a gente querer viver na mesma realidade de dois meses atrás porque mudou tudo. E quem conseguir se adaptar melhor vai sair à frente dessa situação”, finalizou.