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Fortaleza: fisiologista fala em um mês para jogadores recuperarem condição de jogo ideal

Edson Palomares também alertou para riscos de lesão em caso de necessidade de acelerar o processo

Para que os atletas recuperem a condição de jogo em que estavam antes da paralisação da temporada de futebol, devido ao coronavírus, será necessário pelo menos 30 dias corridos de treinamentos, ou seja, uma intertemporada. É o que analisa o fisiologista do Fortaleza, Edson Palomares.

Em live no Instagram do clube, nesta segunda-feira, 6, Palomares comparou o atual momento ao período de férias dos jogadores - os clubes aproveitaram a quarentena para dar férias, mas os jogadores estão tendo que cumprir cartilhas de treinos, o que não acontece nas férias regulares.

"Quando voltamos do período de férias, que são 30 dias e é recomendado que eles não treinem, nós levamos para todos uma pré-temporada de duas semanas a 20 dias, mas precisamos de dois meses e meio pra ter o atleta em condição ótima de jogo, como eles estavam. Como (agora) eles não estão totalmente descansados e esperamos que não demore muito a parada, acreditamos que dentro de um mês é possível restabelecer (a condição de jogo)”, explica o fisiologista, reforçando que vai depender de quanto os atletas se dedicaram, no período de reclusão.

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Até por isso, no próximo sábado está marcado uma live entre todo o departamento físico do Fortaleza com os atletas, por meio de um aplicativo. A ideia da conversa coletiva é saber sobre como todos estão passando por esse momento, se estão conseguindo cumprir os exercícios ou precisam de algum auxílio.

Óbvio que no retorno do futebol, o foco principal do Tricolor será a disputa da Série A do Brasileiro, mas Palomares lembra que o clube está disputando outras duas competições em que está bem próximo de chegar às fases finais. Na Copa do Nordeste, o Leão é líder do Grupo A e está classificado para as quartas de final, enquanto no Campeonato Cearense é o segundo colocado e está bem próximo das semifinais.

Por conta disso, talvez seja necessário acelerar um pouco ritmo para restabelecer uma boa condição de jogo para fases decisivas dessas duas competições. Se isso for necessário, porém, o fisiologista alerta para o risco de lesões.

“O acelerar é possível, mas temos um risco de lesão. Quando se acelera o processo de adaptação ou da forma física, pode incorrer no que a gente chama de overtraining, e se aumentarmos demais a carga corremos esse risco, mas tudo vai depender do que vai acontecer com os campeonato, se as fórmulas serão mantidas; quais numero de partidas nas competições etc. Quando soubermos disso, vamos sentar, planejar, tentar manter essa liderança e estar na final dessas duas competições.Se nós tivermos que acelerar por conta dessas finais, talvez tenhamos atletas que não suportem e se lesionam", alerta Palomares.

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