Participamos do

Corinthians arranca empate e frustra Morumbi lotado

Em 2007 São Paulo e Corinthians se enfrentaram no Morumbi para um Majestoso que tinha o Tricolor como líder e o Timão na zona de rebaixamento. Dez anos depois, os rivais se encontraram no mesmo palco para um clássico matutino de domingo. Dessa vez, porém, com situações exatamente opostas. E se Betão fora o herói [?]
13:30 | Set. 24, 2017
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Em 2007 São Paulo e Corinthians se enfrentaram no Morumbi para um Majestoso que tinha o Tricolor como líder e o Timão na zona de rebaixamento. Dez anos depois, os rivais se encontraram no mesmo palco para um clássico matutino de domingo. Dessa vez, porém, com situações exatamente opostas. E se Betão fora o herói improvável naquela oportunidade, o Timão contou com outro gol de um jogador que foge desse hábito. Clayson, aposta de Carille no segundo tempo, arrancou o empate por 1 a 1 para os visitantes depois de Petros abrir o placar na etapa inicial em falha de Cássio.

A igualdade deixou um sabor amargo para os são-paulinos, que lotaram seu estádio mais uma vez e tinham a oportunidade de saltar na tabela de classificação. Com 28 pontos, ao menos o time deixou a zona de rebaixamento de forma provisória. Já o alvinegro, com 54 pontos, mantém dez à frente do segundo colocado, o que só o Grêmio ainda pode mudar nessa 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Antes da bola rolar, a expectativa que já era grande, principalmente entre os são-paulinos, ficou ainda maior com a divulgação da escalação tricolor. Dorival Júnior apostou no meio de campo sem Jucilei e com um quarteto de meias: Hernanes, Lucas Fernandes, Cueva e Marcos Guilherme.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

A proposta ficou muito clara nos primeiros minutos, quando o São Paulo encurralou o Corinthians em seu campo de defesa com uma marcação alta e bom toque de bola. O camisa 10 apimentou ainda mais o clima com um belo chapéu em cima de Maycon.

Fábio Carille apostou nos seus 11 de sempre, mas com Romero aberto pela direita, talvez na tentativa de segurar os avanços e Júnior Tavares. O problema é que Jadson sofreu pelo lado oposto, principalmente porque Petros também resolveu se lançar por ali.

E foi justamente o camisa 6, teoricamente o único cão de guarda do meio de campo tricolor, que acabou surpreendendo. Aos 27, em um chute despretensioso da direita, o ex-corintiano pegou Cássio. O goleiro alvinegro parecia não estar pronto para a finalização e acabou vendo a bola balançar a sua rede.

Antes do intervalo, Hernanes ainda enfileirou a marcação do Corinthians e por pouco não marcou um golaço. Era o retrato de um clássico confuso se as posições na tabela fossem analisadas simultaneamente.

Na tentativa de mudar o panorama do Majestoso, Fábio Carille sacou Jadson, mais uma vez muito mal, e mandou a campo Marquinhos Gabriel. O volume do Corinthians até melhorou, as triangulações começaram a aparecer, mas o Corinthians seguia sem levar perigo real ao gol de Sidão.

Em vantagem, o contra-ataque passou a ser a principal arma do São Paulo. Foi dessa forma que Hernanes obrigou Cássio a trabalhar e manteve o Morumbi elétrico. Toda essa euforia, porém, virou revolta pouco depois com o gol anulado de Militão por causa de falta no goleiro corintiano.

O São Paulo sobrava em campo. Quando a bola chegou a Romero dentro da área, com liberdade, a esperança alvinegra se perdeu com o domínio errado do paraguaio. Era hora de mudar. Lucas Fernandes dei lugar a Denilson e, em seguida, Cueva, muito aplaudido, teve a vaga ocupada por Jucilei. Carille respondeu com Clayson no lugar de Gabriel.

As cartas estavam lançadas e o clássico era um novo jogo a essa altura. Pior para o São Paulo. Quando os donos da casa era soberanos, Júnior Tavares acabou perdendo uma bola de forma infantil para Rodriguinho dentro da área. O meia cruzou para Romero, que só não marcou graças a boa defesa de Sidão. No rebote, porém, o goleiro nada pôde fazer no canudo emendado por Clayson. Um golaço do jovem atacante, que caiu como um balde de água fria no lotado Morumbi.

O empate fez Carille reposicionar sua equipe com Camacho na de Romero. Por outro lado, Maicosuel foi a campo para a saída de Marcos Guilherme. E apesar da pressa tricolor, foi o Corinthians quem mais assustou após as trocas. Em um lance duvidoso, em que Rodriguinho ficou pedindo pênalti, Sidão novamente trabalhou bem.

Satisfeito com o empate na casa do rival e depois de um desempenho muito aquém do que já apresentara no primeiro turno, o Corinthians soube administrar os minutos finais do Majestoso. Já sem a mesma organização, o São Paulo até buscou o gol da vitória na base da pressão, mas, quando conseguiu chegar, foi em bola parada. E aí, brilhou a estrela de Cássio, que falhou no primeiro tempo, mas salvou o Timão da derrota.

Com um ponto para cada lado, as situações das duas equipes não se altera muito. Ainda na briga contra o rebaixamento, o São Paulo volta a campo no próximo domingo, de novo no Morumbi, para receber o Sport. Já o Corinthians, líder com certa folga, visitará o Cruzeiro no Mineirão.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 1 X 1 CORINTHIANS

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Data: 24 de setembro de 2017, domingo

Horário: 11 horas (de Brasília)

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)

Assistentes: Rodrigo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa (ambos do RJ)

Cartões amarelos: SÃO PAULO: Júnior Tavares, Lucas Fernandes. CORINTHIANS: Gabriel, Balbuena, Rodriguinho, Clayson

Público: 61.142 pessoas

Renda: RS 1.719.056,00

GOLS:

SÃO PAULO: Petros, aos 27 minutos do 1T

CORINTHIANS: Clayson, aos 32 minutos do 2T

SÃO PAULO: Sidão; Éder Militão, Robert Arboleda, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Petros; Marcos Guilherme (Maicosuel), Hernanes, Christian Cueva (Jucilei) e Lucas Fernandes (Denilson); Lucas Pratto

Técnico: Dorival Júnior

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel (Clayson), Maycon, Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho e Romero (Camacho); Jô

Técnico: Fábio Carille

Gazeta Esportiva

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente