Rodger Raniery agradece torcida após eleição: "Precisamos unir o Ferroviário"

Rodger Raniery, eleito presidente do Ferroviário para o triênio de 1º de dezembro de 2025 a 30 de novembro de 2028, neste sábado, 1º, concedeu entrevista ao programa As Frias do Sérgio, da rádio O POVO CBN, minutos após o fim do pleito. Em sua fala, o candidato agradeceu os 114 votos que recebeu e falou sobre seus primeiros passos como mandatário.

Em comentário ao jornalista Sérgio Ponte, Rodger afirmou que a quantidade de votos foi próxima do projetado, mas que esperava mais eleitores no dia. Ao todo, 189 torcedores foram ao Elzir Cabral para escolher o novo presidente do clube.

"Estamos muito felizes, sabíamos que não ia ser fácil e gostaríamos de agradecer a confiança da torcida do Ferroviário. Sempre recebemos muito carinho da torcida do Ferrão, prometo não os decepcionar. Precisamos unir o Ferroviário, o Ferroviário unido cresce", disse.

"Quando pedíamos um voto e o torcedor aceitava, a gente anotava, chegamos na média que estávamos esperando, mas esperávamos mais eleitores (no total). Hoje era um dia especial, que o torcedor poderia escolher o melhor futuro para o clube", complementou.

Questões sobre SAF e o departamento de futebol

Uma das principais discussões durante a eleição foi a venda da SAF do Ferrão para a empresa portuguesa Makes. Apesar da aprovação para a venda de 90% do controle do clube, o acordo ainda não foi assinado e pode ser revisto pela nova gestão.

"Até eu assumir, no dia 1º de dezembro, o Ferroviário vai decidir se vai assinar o contrato com a Makes ou não. Temos que entender o contrato, saber se a atual gestão vai assinar ou não; caso assine, se o futebol profissional irá ficar diretamente com a SAF. Se cair para nossa administração, só iremos assinar se o contrato estiver seguro, resguardando os direitos do Ferroviário, e tocar o barco de dezembro para frente. Caso não assine, o futebol será gerido por Valmir Araújo", afirma Rodger Raniery.

Valmir Araújo é um dirigente de muita bagagem no Ferroviário, tendo montado elencos vencedores na história coral. Além de garantir sua contatação, o presidente eleito do time da Barra diz que o dirigente terá autonomia em seu setor.

"Estarei sempre conversando com ele, escutando-o, porque ele entende de futebol. Já foi campeão brasileiro (da Série D) duas vezes e tenho certeza que ele colocará o Ferroviário novamente na Série C. A torcida sabe que ele entende. O Ferroviário sempre foi vencedor com o Valmir a frente do time", disse.

Dívida Trabalhista e relação com outros grupos políticos

Além da SAF, Rodger Raniery assume o Tubarão da Barra em um momento delicado financeiramente. Apesar de, segundo membros da chapa de Rodger, o time não dever salários ao elenco atual, a dívida trabalhista é alta.

"Conforme a última reunião do conselho fiscal, o Ferroviário tem uma dívida de R$ 900 mil em execução. Esse número pode aumentar e ir para R$ 2 milhões. As últimas gestões fizeram que essa dívida aumentasse muito", afirma o presidente eleito.

Sobre a relação com o atual presidente e com a chapa adversária, o dirigente explicou porque saiu do clube em 2024 e afirmou que entrará em contato com membros do grupo político que foi seu adversário para garantir uma união no clube.

"O Aderson Maia é meu amigo, mas tenho divergências com ele, principalmente na crescente da dívida trabalhista. O Ferroviário era um clube fechado, conselho distante, acabei me afastando do Ferroviário. Voltei porque me convocaram", disse.

"É desejo meu convocar várias pessoas da outra chapa, a outra chapa tem muita gente do bem, que agrega. No mais tardar, essa semana já estou convocado essas pessoas. O Ferroviário tem que estar unido, é meu dever unir o Ferroviário. Quero agregar a todos que querem ajudar, quem tem boas ideias e intenções vão chegar junto na nossa gestão", concluiu.

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