MP recomenda que partidas no Castelão após horário do toque de recolher não sejam realizadas
Decreto do Governo não permite deslocamentos após as 22 horas. Houve entendimento entre CBF e o Estado para liberação da partida, que acaba por volta das 23 horasO Ministério Público do Estado (MP-CE) recomendou nesta sexta-feira, 19, aos secretários da Casa Civil e da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, à Federação Cearense de Futebol (FCF), à Confederação Brasileira de Futebol e ao times cearenses, Ceará e Fortaleza, que qualquer partida de futebol marcada para o horário em que estejam em vigor o novo decreto estadual não seja realizada.
O horário vai de encontro às duas próximas partidas marcadas para ocorrer no Castelão. Neste sábado, 20, às 21 horas, o Fortaleza recebe o Bahia e na próxima quinta-feira, 25, o Ceará joga contra o Botafogo. Ambas as partidas são válidas pela Série A do Campeonato Brasileiro 2020.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
AssinePor meio de nota, o Ministério Público informou que as entidades têm até sábado, 20, para informar sobre o cumprimento da recomendação, sob pena da adoção de medidas legais cabíveis. Vale ressaltar que, no início desta sexta-feira, 19, o Governo do Estado confirmou a realização dos confrontos de Fortaleza e Ceará. Segundo a assessoria do Governo, por ser um evento fechado para o público, com o respeito aos protocolos sanitários estabelecidos, o confronto entre os clubes pode acontecer no Castelão.
A partida é de caráter decisivo para ambos os times. O Fortaleza procura confirmar permanência na Série A do Brasileirão. Com 41 pontos, Fortaleza precisa vencer o jogo em casa para se confirmar sem precisar de outros resultados. Se empatar, depende de tropeços de Vasco e Goiás e em caso de derrota a decisão fica para a última rodada. Já o Ceará disputa a confirmação da vaga na Copa Sul-Americana.
O impasse ocorreu por conta do decreto nº 33.936, vigente desde o dia 17 janeiro, em que o Poder Público estabeleceu o “toque de recolher” às 22 horas, confrontando o encerramento da partida dado o horário pré-definido da CBF. A Confederação Brasileira de Futebol não se mostrou flexível na mudança do cronograma.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente