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Ceará e Fortaleza participam de aliança entre clubes que visa aumento de receitas

Movimento não pretende assumir atividades da CBF, mas gerar mais receitas aos clubes

Rivais em campo, Ceará e Fortaleza estão juntos em um projeto com outras equipes do futebol brasileiro para criar uma aliança de clubes. A ideia, porém, não é tomar para si a organização dos campeonatos nacionais, tampouco criar uma competição paralela, mas sim angariar novas receitas, especialmente oriundas de fora do país.

As reuniões estão acontecendo periodicamente e muitos dirigentes nem comentam sobre o assunto, mas o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, em conversa com o Esportes O POVO, falou um pouco sobre os anseios desta união de times.

“A gente vem conversando há bastante tempo, parece até que foi a primeira reunião, mas já teve umas cinco ou seis ou até mais. Não tem nada contra a CBF, não há a intenção de criar campeonatos, criar competição paralela, nada disso. A ideia é criar uma aliança brasileira de clubes para negociar direitos, principalmente nesse início, direitos de transmissão internacional, captar recursos e tem muito mais de oito times que estão participando nisso, é um grupo plural que envolve Série A, Série B e Série C”, explicou o dirigente.

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O entendimento entre os clubes é que eles precisam de uma entidade representativa que possa negociar os direitos deles “seja questão de transmissão internacional, seja patrocínio, seja legislação esportiva, porque são áreas que não competem diretamente à CBF”, disse Paz.

O presidente tricolor não quis comentar quais equipes estão envolvidas, mas os nomes publicados pelo jornalista Lauro Jardim, do O Globo, como Corinthians, Bragantino, Atlético-MG, Botafogo, Sport, Ceará e Fortaleza são alguns deles. Outro cearense presente é o Ferroviário. 

As reuniões começaram justamente pela dificuldade que a CBF têm em vender os direitos do Campeonato Brasileiro para outros países. “Se a CBF tivesse esse dinheiro já na mão (direito internacional) os clubes não estariam fazendo outra entidade, é mais por uma questão de agilizar esse processo. Se a CBF trouxer o negócio, ótimo, o que os clubes querem é ampliar sua capacidade de receita através de um produto que já existe, que é o futebol brasileiro, que é a Série A do futebol brasileiro, que o mundo quer ver isso, mas a gente ainda não conseguiu monetizar”, finalizou Paz.

O vice-presidente do Ceará, Raimundo Pinheiro, endossou que não há nada contra a CBF, tanto que muitas acontecem na própria sede da entidade que rege o futebol brasileiro. O dirigente alvinegro diz que trata-se de uma comissão nacional de clubes, que tem como presidente o chefe da diretoria executiva do Vasco da Gama, Alexandre Campello. Apesar do avanço nas discussões, não é certo que a venda dos direitos internacionais aconteçam já nesta edição da Série A do Brasileiro.

Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, o presidente do Fortaleza também tocou no assunto e revelou que a ideia é de arrecadação de 500 milhões de dólares em dez anos.

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