Uniclinic envia jogador para um mês de testes na Europa

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Ao se tornar arrendatário do Uniclinic Atlético Clube, no segundo semestre do ano passado, o atacante cearense Ari, que atua no futebol russo, tinha a ideia de fazer do time da Lagoa Redonda um canal de exportação de atletas para a Europa. Um ano depois de assumir o empreendimento esportivo, a nova administração enviou o primeiro jogador para o velho continente, mais especificamente para a Suécia.
Trata-se do volante Geilson, de apenas 17 anos. O clube é o Kalmar, onde o próprio Ari iniciou carreira na Europa. O acerto original entre as duas equipes é que o atleta ficará um mês no clube sueco sob avaliação, morando nas dependências do Kalmar. Se agradar, Geilson pode ficar em definitivo por lá e a carreira dele ser gerida pela Arigooll, empresa do atacante Ari.
“É uma responsabilidade muito grande, porque o Ari é um cara que aposta muito na gente, nos dá tudo, todas as condições aqui no clube, então o pensamento é ir lá e fazer com que a gente suba de patamar e também a Arigooll, até pelo investimento. Eu quero ir para ficar e conseguir tudo pra melhorar minha vida”, disse Geilson, em conversa com o Esportes O POVO.
A chance não caiu no colo dele por acaso. Durante um amistoso do Uncilinic este ano, o presidente do Kalmar, Johan Assarsson, estava presente e gostou da atuação do volante, que também atua como meia. O clube sueco continuou recebendo informações do atleta, que foi titular absoluto no Campeonato Cearense Sub-20 pela Águia da Precabura. Daí apareceu a oportunidade.
Geilson faz parte do projeto da Arigooll (que começou em Horizonte e depois passou para o Uniclinic) há três anos e veio de Itapipoca a convite do diretor Melo Victor, conterrâneo dele. O jogador chegou com menos de 14 anos e foi sendo lapidado pela comissão técnica da empresa.
“Ele jogou sub-20 duas vezes e sub-17, chegou até a treinar com o profissional, mas não foi uma escolha colocá-lo para o Campeonato Cearense porque tinha ali um ponto de maturação a ser considerado. Ele foi observado na hora certa e agora está indo pra Europa”, garante a presidente do Uniclinic, Maria Vieira.
Nos próximos 30 dias, apenas Geilson poderá se ajudar. Cabe a ele convencer a comissão técnica do Kalmar que o investimento vale a pena. De longe, todos que fazem o atual Uniclinic vão estar torcendo por ele.
Mesmo que tudo saia como planejado, no entanto, a exportação de atletas por parte do time cearense não deve ser acelerada. “Vamos com pouca sede ao pote. Claro que a Arigooll é uma empresa de agenciamento de atletas, mas não pode ser a qualquer custo e nem de qualquer jeito”, pondera Maria.