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Balanço da temporada: Ferrão oscilou no início do ano, mas terminou o ano com acesso e título

19:55 | Ago. 04, 2018
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Após ser vice-campeão do estadual em 2017, o Ferroviário iniciou a temporada 2018 sob altas expectativas do desempenho da equipe diante do calendário cheio: Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série D. A trajetória do clube coral foi marcada por oscilação nos primeiros quatro meses do ano, com a eliminação precoce no torneio local, vexame no Nordestão e a campanha surpreendente na Copa do Brasil.

%2b ESPECIAL: Ferrão é campeão da Série D após 23 anos sem conquistas um título

O desempenho gerou desconfiança para o início da Série D. Porém, foi na competição nacional que o Ferroviário virou a chave na temporada. Na fase de grupos, a equipe apresentou um futebol tímido e não empolgou. Avançou para o mata-mata com apenas duas vitórias e quatro empates.

Os altos e baixos vividos pelo Ferrão resultados em quatro trocas de treinador. O time começou com Carlos Rabello, que foi demitido ainda no início do Cearense após seis jogos (duas vitórias, dois empates e duas derrotas). Depois veio Ademir Fonseca que melhorou a equipe e esteve à frente do clube na surpreendente campanha na Copa do Brasil, chegando até a 4ª fase. O "Fogueteiro" também irigiu o Tubarão no Cearense e na Copa do Nordeste. Ao todo, foram 18 partidas (cinco vitórias, cinco empates e oito derrotas.

Para a Série D, o Ferroviário começou com Maurílio Silva. O treinador comandou o time na fase de grupos e entregou o cargo, motivado pelas críticas e na pressão que vinha sofrendo da torcida. Foi aí que assumiu Marcelo Vilar, que conseguiu acertar a equipe, deixá-la mais ofensiva e conquistar o inédito título do Brasileirão.

Cearense

No início do ano, o objetivo principal ficou voltado para o Campeonato Cearense. O planejamento era chegar pelo menos nas semifinais para garantir mais um ano de calendário cheio, assegurando a disputa no Brasileirão de 2019.

Entretanto, foi no estadual que o Ferrão amargou a primeira decepção. O time esteve muito abaixo do esperado e terminou eliminado no hexagonal, fase que antecedia as semifinais.

Campanha: 14 jogos - cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

Copa do Nordeste
Após 19 anos de ausência, o Ferroviário voltou a disputar a Copa do Nordeste. A classificação era tratada como surpresa, caso ocorresse no grupo que tinha Vitória, ABC e Globo. Entretanto, o Ferrão não conseguiu exibir um futebol minimamente competitivo e passou vexame, sendo o "saco de pancadas" da chave. Sem chances, o Coral utilizou os reservas no torneio.

Campanha: seis jogos - um empate e cinco derrotas

Copa do Brasil
A competição nacional foi um ponto fora da curva. Não havia expectativas de classificação na Copa do Brasil. Mas o Ferroviário foi surpreendeu e foi longe. De desacreditado à surpresa, o Ferrão bateu Confiança-SE, Sport-PE e Vila Nova-GO - clubes com maiores investimentos - e os resultados garantiram mais de R$ 4,3 milhões de premiação nos cofres do clube, verba jamais vista na Vila Elzir Cabral.

Vale ressaltar a classificação histórica nos pênaltis diante do Sport, equipe que disputa a Série A do Campeonato Brasileiro. O Ferrão perdia por 3 a 0 até os 30 minutos do 2º tempo, quando buscou o empate em 15 minutos e levou o duelo para os pênaltis. Nas penalidades, garantiu o avanço.
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Série D
A campanha vitoriosa na Série D tem o mérito do planejamento da diretoria. Se os dirigentes não tiveram êxito no início da temporada, conseguiram trazer peças pontuais para a arrancada da equipe.

Foram contratados para a disputar a competição jogadores como os atacantes Edson Cariús e Juninho Quixadá, o volante Leanderson, o lateral-direito Lucas Mendes, a dupla de zaga André Lima e Luís Fernando e o goleiro Gleybson.

Campanha: 16 jogos - sete vitórias, seis empates e três derrotas

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