Guto Ferreira destaca superação do Ceará e exalta vitória sobre o Coritiba

A vitória do Ceará por 2 a 1 sobre o Coritiba, de virada, neste sábado, 24, na Arena Castelão, pela 18ª rodada da Série A, não encheu os olhos do técnico Guto Ferreira pelo nível técnico da atuação, mas foi celebrada pelo poder de reação da equipe.

Após a derrota por 1 a 0 para o Fortaleza, na última quarta-feira, 21, pela decisão do Campeonato Cearense, o treinador alvinegro já tinha afirmado que não havia espaço para abatimento pelo vice-campeonato estadual. Diante do Coxa, o time sofreu gol logo aos dois minutos e sentiu o desgaste físico do calendário, mas conseguiu virar o placar.

"A gente jogou quarta-feira e saiu dizendo que fez uma grande partida, teve um volume de jogo muito maior que o nosso adversário, e quem venceu e foi campeão foram eles. Tivemos o desgaste de quarta, que jogamos uma partida extremamente intensa, e o nosso oponente de hoje (sábado) teve a semana toda de trabalho, se preparou para nos enfrentar. Ratificou os nossos movimentos táticos de quarta, veio para cá buscando, fez um gol logo de início, em um erro nosso, fomos infelizes ali. Mas tivemos força e foi a sétima partida no ano que a equipe vira. Então, mentalmente, a equipe hoje estava muito mais forte. Teve a força da virada, fisicamente sentiu, foi um jogo extremamente cansativo e desgastante, lá e cá. No segundo tempo, fizemos o gol e era a hora de fechar e sustentar. Conseguimos sustentar bem e pudemos comemorar", analisou, em entrevista coletiva.

Os gols de Vina e Eduardo fizeram o Vovô chegar aos 22 pontos e à quarta partida de invencibilidade no Brasileirão. O time paranaense, que marcou em falha do zagueiro Eduardo Brock, pressionou na segunda etapa e teve oportunidades para empatar, mas o goleiro Fernando Prass garantiu o resultado positivo.

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"Em relação à força da equipe, ficou comprovada. Teve reação, sabe o que quer dentro da competição e teve força mental para fazer um grande resultado, mais do que uma grande partida. Errou, pecou no início, infelizmente aconteceu. Entre ficar lamentando o erro e correr atrás para resolver a parada, correu atrás e resolveu, brigou até conseguir o segundo gol. (...) Em determinado momento, mesmo a gente tendo trocado algumas peças, a equipe começou a se desgastar a ponto de não ter tanto volume para controlar a partida como a gente queria. Baixamos as linhas, fechamos bem e sustentamos o resultado", ponderou Guto.

Preocupado com a parte física de atletas com maior minutagem na temporada, o comandante do Ceará realizou mudanças na escalação - poupou Bruno Pacheco, Fabinho e Rafael Sobis - e também mexeu no time no decorrer do segundo tempo para dar novo gás.

"Se a gente tivesse também trabalhado a semana toda, tenho certeza que a equipe teria sustentado. Nós jogamos com um desnível físico por jogar duas competições, e isso faz toda a diferença. Meu grupo tem que estar sendo exaltado pelo poder de superação, pela gana e entrega, pelo espírito guerreiro de se superar, mesmo tendo jogado duas competições e contra uma equipe que teve a semana toda para se preparar. Veio com o tanque cheio, e a gente não estava com tanque cheio, mesmo tendo mudado alguns jogadores para poder equilibrar a partida. Conseguimos, mas em determinado momento o preço vem um pouco mais caro. Aí, você tem que pagar o preço, que foi ganhar com sofrimento. O meu grupo tem que ser exaltado por ter conseguido vencer", avisou.

O próximo compromisso do time cearense será diante do Santos, na próxima quarta-feira, 28, às 16 horas, na Vila Belmiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

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