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"Não vejo o futebol dentro das atividades essenciais", diz Prass sobre volta do esporte

Goleiro participou do Futebol do Povo e se posicionou sobre questões envolvendo a retomada do esporte no Brasil
16:21 | Mai. 15, 2020
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

"Não dá para debater futebol a nível nacional", afirmou Fernando Prass em entrevista no programa Futebol do Povo (veja completa abaixo). O goleiro do Ceará acredita que o País ainda não está em condições para a volta do esporte em meio à pandemia do coronavírus, com situações diferentes nos estados brasileiros.

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"Não dá para tratar globalmente, tem que ser tratado estado a estado, com ações conjuntas, não para voltar, mas para tentar entender o que vai fazer. Qual o nexo de tu liberar a volta do futebol e manter outras áreas fechadas com relevância para sociedade maior do que o futebol?", questionou.

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Para o arqueiro, a partir do momento que se dá carta branca para o esporte retornar, setores considerados não essenciais, como bares, restaurantes, comércio, entre outros, vão cobrar a volta das atividades também.

"Me desculpa, mas eu sou um dos mais interessados na volta, tanto pela minha posição de estar trancado em casa quanto pela parte econômica. O futebol parado perde muito dinheiro e reflete na gente. Mas não vejo o futebol dentro das atividades essenciais na sociedade", comentou.

Prass explica que é preciso analisar o cenário para decretar o retorno do esporte. No Ceará, estado com o segundo maior número de caso de confirmados e mais de mil mortes, a retomada do futebol parece distante.

"Óbvio que é essencial para quem vive do futebol. Mas temos que ter opinião dentro de um contexto. Pelo cenário que se apresenta hoje no estado do Ceará é muito complicado a volta do futebol. Tem que se falar de planejamento futuro para quando tiver situação melhor, termos todo mundo preparado para voltar."

O goleiro também disse entender os posicionamentos contrários sobre o isolamento social. Com o último decreto do Governo do Ceará, que deixou mais rígida a quarentena, o jogador segue respeitando as autoridades e não tem saído nem para caminhar no condomínio onde vive.

"As duas situações (isolamento ou liberação) trazem efeitos colaterais. Tenho condição de ficar em casa, mas quem não tem como faz, que não tem o que comer e não pode sair? Do outro lado, o governo pede para ficar em casa e não tem condição de prover condição mínima para ficar em casa. Se a pessoa sair vira agente de disseminação da pandemia."

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