Participamos do

Ceará tenta minimizar diferença entre treinos por videoconferência e presenciais

Preparador físico do clube, Eduardo Ballalai, disse também que espera metade do tempo da paralisação para a intertemporada
19:14 | Mai. 09, 2020
Autor Brenno Rebouças
Foto do autor
Brenno Rebouças Repórter
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Única alternativa para os clubes de futebol no momento, o treino remoto, por meio de videoconferência, foi adotado no Ceará. Diariamente, o preparador físico Eduardo Ballalai mantém contato com todos os jogadores do elenco ao mesmo tempo e repassa uma série de atividades específicas.

Ballalai admite que existem diferenças entre este treino virtual e o presencial, em campo, mas garante que a comissão técnica trabalha para estreitar os resultados. “obviamente que tem, mas estamos tentando minimizar ao máximo essa diferença. Temos a comissão (técnica) presente nas aulas, observando a execução dos atletas, que fazem os exercícios que prescrevo a eles [...] com isso minimizamos o risco de alguém se lesionar. Obviamente que a intensidade poderia ser maior na academia, por ter mais equipamentos, mas o que nos propusemos a fazer foi uma intensidade alta com aqueles recursos que nós temos”, explicou.

Ter todos os profissionais da comissão técnica participando tem ainda a função de dar conta do monitoramento, já que os jogadores são separados em grupos para treinar na academia do clube, mas nos treinos remotos são mais de 30 ao mesmo tempo na tela, o que impossibilita que apenas Ballalai acompanhe todos.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Um outro problema desses treinos à distância é que os jogadores podem retornar com condicionamentos bem diferentes uns dos outros, mas o fisioterapeuta do Vovô, João Paulo, destaca que é melhor do que se eles voltassem “zerados”. “Quando voltar vai ter tido alguma perda, todos os clubes vão passar por isso, quando voltar vai ter que reavaliar. É possível que atletas estejam em condições diferentes, mas vão estar da melhor maneira”, garante.

Intertemporada

Quanto melhor fisicamente voltarem os atletas, melhor, principalmente porque os clubes não sabem quanto tempo terão de intertemporada, antes das competições serem retomadas. Ballalai tem uma opinião sobre o tempo necessário para que todos retomem o nível em que estavam antes da parada.

“Tem jogador que vai sentir mais que o outro, alguns vão se adaptar mais rapidamente, mas o bom senso nos diz que, se nós vamos passar dois meses de sem treinamentos (presenciais), sem jogos, sem trabalhos específicos de campo, o ideal é que tivéssemos pelo menos a metade do tempo de preparação. Exemplo, se vamos passar oito semana parados, teríamos que ter pelo menos quatro (para treinar). Não sei o que vai acontecer, provavelmente vão dar 15 dias e vamos ter que nos adaptar isso, por isso a importância desse treino agora.”, disse o preparador físico do alvinegro.

Duas coisas devem ajudar o elenco a se adaptar de forma mais rápida, segundo João Paulo e Ballalai. Uma é a carga de exercícios acumuladas desde o começo do ano. A outra é a memória muscular dos jogadores. “Ao retornar às atividades depois de um período de recessos ou por conta e uma lesão, ele consegue voltar à sua força muscular mais rápido que uma pessoa sedentária. Quando ele voltar a entrar em contato com bola, vai sentir um pouco, mas logo volta ao mesmo nível”, diz Eduardo.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar