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Inadimplência cresce, mas Sócio Vozão mantém base e tem taxa de saída menor que 1%

Lançado início deste ano, programa conseguiu angariar mais de 20 mil sócios em pouco tempo, mas vai sofrer mudanças no planejamento para 2020
12:24 | Abr. 23, 2020
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

A principal novidade do Ceará para o ano de 2020 foi a reformulação do programa de sócio-torcedor. O Sócio Vozão chegou para substituir um modelo antigo, muito criticado pela torcida, e logo ultrapassou os 20 mil associados em algumas semanas de existência. Porém, em meio à pandemia do novo coronavírus, o cenário de otimismo para o resto da temporada teve que sofrer algumas alterações de rota para diminuir o baque causado pela paralisação dos campeonatos.

Em conversa exclusiva com Esportes O POVO, o gerente do sócio-torcedor do Ceará, Bruno Dias, explicou que o principal objetivo do Vovô em relação ao programa mudou. Se antes o foco era conseguir vários associados por mês, agora a prioridade é controlar os cancelamentos: “A gente cresce muito pouco, mas a gente controla o que é o principal pra gente, que são as saídas. A gente não quer perder sócio”, contou.

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Segundo Bruno, a missão até tem sido cumprida. O Ceará encerrou o mês de março com 21.375 sócios e 429 cancelamentos, a maioria sendo pessoas que não migraram da Sou Mais para a nova plataforma. A taxa de saída foi 0,2%, bem inferior ao normal do mercado, segundo o gerente. Mesmo que essa porcentagem tenha aumentado para 0,7% em abril, os números são satisfatórios por conta da manutenção de novas adesões.

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“O nosso planejamento hoje é controlar as saídas. Se a meta até o final do ano era chegar aos 44 mil sócios, hoje é manter a base que nós temos”, diz Bruno. Mesmo com algumas saídas e cancelamentos de planos, o Ceará consegue equilibrar com novas adesões, principalmente nos planos Consulado Alvinegro e Time do Povo. Assim, o clube até teve um pequeno aumento em relação ao fim de março. 

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Em abril, a inadimplência cresceu 3% em relação a março, de acordo com informações do programa. Porém, isso já era esperado por conta da recessão econômica causada pela pandemia: “A gente entende todos os casos de nossos sócios. A procura por cancelamento tem sido muito baixa, mas a curva de inadimplência tem aumentado, e era até esperado pelo momento, porque na lista de prioridade, o quilo de arroz e o botijão de gás é mais importante”, argumenta.

O gerente do Sócio Vozão explica que o planejamento em relação às ações do programa vai até agosto, e começou logo quando surgiram as primeiras notícias de paralisações dos campeonatos na Europa. No momento, está previsto o lançamento de planos para os conselheiros, que podem incluir dependentes, e uma ação direcionada para o torcedor inadimplente, que vai exigir uma “força-tarefa” do clube, segundo Bruno.

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Por enquanto, as prioridades estão muito bem definidas e o objetivo é claro: a manutenção da base conquistada nos primeiros meses de existência do Sócio Vozão. Mesmo com as indefinições no cenário do futebol brasileiro, Bruno Dias acredita que o Ceará se saiu bem no “primeiro tempo do jogo”, com ações que repercutiram bastante, e tem tudo para se dar bem no “segundo tempo”, quando o cenário da pandemia deve se afunilar cada vez mais.

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