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Crise gerada pelo coronavírus deve gerar reflexão sobre salários pagos pelos clubes, diz Robinson de Castro

Dirigente também comentou sobre os cenários dos meses que vem pela frente, caso o futebol não seja retomado

A crise financeira gerada pela paralisação do esporte, após a pandemia do novo coronavírus, pode gerar uma reflexão sobre o que gastam (ou investem) os clubes de futebol nos dias de hoje. A opinião é do presidente do Ceará, Robinson de Castro, emitida em entrevista ao programa SportCenter, da ESPN, no último sábado, 18. Na ocasião, o dirigente também falou à respeito da situação financeira do Alvinegro de Porangabuçu.

“Vamos ter que entender o momento em que vivemos e tentar, todo mundo, ceder alguma coisa. Não vai ser possível, principalmente no futebol, uma folha de pagamento alta demais. As cifras no futebol são foras do padrão de qualquer organização. Isso é até motivo para reflexão, para a gente, para frente, repensar um pouco os valores que hoje circulam dentro do futebol, especialmente salário de jogadores e treinadores que são totalmente incompatíveis com a realidade social que o nosso país tem”, argumentou.

Falando especificamente sobre o Vovô, Robinson destacou que o time possui uma boa saúde e organização financeira, mas que o momento tende a ser delicado para todos. “Apesar de toda organização, demorou muito tempo até que chegássemos a esse ponto de ter um clube sadio e organizado, econômico e financeiramente, mas o momento vai ser delicado para todo mundo”, contou.

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O presidente do Alvinegro esclareceu que, embora o clube tenha sofrido com a ausência de recursos nesse primeiro mês sem jogos, conseguiu pagar todas as despesas do mês de março, mas indicou que os meses de abril e maio devem ter um cenário mais complicado.

“Nós estimamos logo no primeiro mês a ausência de recursos do caixa por conta da pandemia, pois não houveram jogos, nosso programa de sócios, que estávamos com estimativa de crescimento, e também pela ausência de premiações por passagem de fase em campeonatos locais, regionais e Copa do Brasil. Também houveram patrocinadores que pediram para rever o valor, prorrogaram valores. Apesar disso, conseguimos, graças ao trabalho com responsabilidade, encerrar o mês de março quitando nossas despesas, fazendo a folha de pagamento de atletas e funcionários, mas o mês de abril deve ser um pouco nebuloso para a gente. Teremos que usar muita criatividade para conseguir vencer o mês de abril e o mês de maio me parece mais ainda difícil, talvez o mais difícil, mesmo o Ceará sendo um clube organizado”, prenunciou.

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