Por cotas de TV, Robinson de Castro diz que clubes não querem mudar o formato da Série A
Dirigente defende aperto no calendário e esticamento da competição até o fim de dezembroA possibilidade de mudança no formato da Série A do Brasileiro, que foi ventilada pela CBF e algumas federações, não está nos planos dos clubes que disputam o certame. Segundo o presidente do Ceará, Robinson de Castro, em entrevista ao programa "A Grande Jogada", da TV Diário, os dirigentes preferem apertar o calendário e estender o certame até mais tarde que abandonar a atual fórmula de disputa.
A principal preocupação é com o pagamento das cotas de TV. O contrato firmado com os grupos que detém os direitos de transmissão preveem uma competição com 38 rodadas. “Eles (representantes dos 20 clubes) querem manter a competição do modelo atual para não perder a receita da televisão. O campeonato estica e pode terminar em dezembro, e as férias dos jogadores ficariam para janeiro”, explica Robinson.
Os direitos de televisão correspondem à maior parte das arrecadações do Ceará. No ano passado, por exemplo, segundo informações do jornalista Cássio Zirpoli, o Alvinegro faturou quase R$ 50 milhões apenas com cotas de TV. O valor esse ano deve superar essa marca, sendo mais da metade do orçamento da equipe para a temporada (R$ 100 milhões).
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AssineO presidente do Vovô fez questão de afirmar ainda que o clube não adiantou nada das cotas e mesmo assim conseguirá cumprir todos os compromissos. Quanto ao pagamento de salários durante a quarentena, o clube pretende aplicar a proposta da Comissão Nacional de Clubes (CNC), que é de reduzir em 25% os vencimentos de cada atleta, mas deixou para discutir isso após o fim do período de férias, concedido de 1 a 20 de abril.
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