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Brasileirão: Em 2019, Ceará colocou 18 mil sócios-torcedores a menos em relação a 2018

Má temporada do Vovô dentro de campo teve reflexo claríssimo nas arquibancadas, com queda na média de sócios por partida na Série A
10:36 | Dez. 05, 2019
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

No começo deste ano, talvez poucos torcedores do Ceará acreditariam que a temporada de 2019 seria tão frustrante quanto acabou sendo. O maior orçamento da história, o crescimento do poder financeiro do clube e a segunda participação seguida na Série A eram bons presságios para o que o Vovô poderia conquistar no futuro.

Mas as decepções dentro de campo, como o vice no Cearense, a eliminação precoce no Nordestão e a campanha nervosa no Brasileiro, foram minando as esperanças dos alvinegros. Os efeitos foram sentidos na arquibancada: no Brasileirão deste ano, o Ceará colocou 18 mil menos sócios do que na temporada passada. Em 2018, 199.482 associados compareceram aos jogos da equipe na competição nacional. Com o encerramento da campanha alvinegra dentro de casa, após derrota por 1 a 0 para o Corinthians, os números deste ano foram fechados: 181.459 torcedores oficiais passaram suas carteirinhas nas catracas do Castelão.

O público pagante também teve uma diminuição considerável, caindo de 533.496 para 486.068, uma diferença de mais de 47 mil pessoas. Apesar da queda, a taxa de ocupação dos sócios, proporção entre o número de associados e de pagantes em cada partida, aumentou: em 2018 foi de 37,39%, enquanto em 2019 foi 41,30%.

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Os torcedores oficiais costumam ter uma taxa de ocupação maior nos jogos com piores públicos por fazerem parte de um nicho mais “fidelizado” ao time e que têm mais costume de ir a todas as partidas. No jogo contra o CSA, na 1ª rodada, ao qual apenas 11.935 pessoas pagaram para assistir, os sócios representaram 60,07% dos pagantes no estádio, maior proporção registrada pelo clube no campeonato.

Na 8ª rodada, contra o Bahia, segundo pior público pagante do Ceará no Brasileirão, os associados foram 53,53% dos 14.889 pagantes. Ou seja: como em 2019 o Vovô teve uma presença de público menor, naturalmente essa taxa de ocupação acabaria subindo, o que não representa algo tão positivo assim.

A quantidade de partidas com número inferior a 10 mil sócios quase dobrou nesta temporada. No ano passado, apenas sete jogos ficaram abaixo desse número. Em 2019, foram 13 jogos, representando um aumento de 85%. Analisando o panorama por um lado mais positivo, o Ceará bateu o recorde de associados em um só jogo neste ano. Contra o Flamengo, 16.492 torcedores oficiais foram às arquibancadas, assim como em 2018, quando compareceram 15.033.

Em setembro deste ano, Esportes O POVO publicou um levantamento indicando que a média de sócios do Ceará no Brasileirão estagnou de uma temporada para outra. Finalizada a campanha da equipe como mandante, esse número não só estagnou, como teve uma queda considerável: a média foi de 10.499 associados, registrada em 2018, caiu para apenas 9.550. 

Os indicadores levam a uma conclusão: além de repensar o planejamento do seu departamento de futebol, que é o maior "marketing" que um clube é capaz de fazer, o Ceará também tem que criar novas estratégias para fidelizar o seu torcedor mesmo quando o momento dentro de campo é ruim. Apesar das frustrações, o Vovô ainda conseguiu uma média de público de 26.010 pagantes neste Brasileirão. Se existe um culpado pelo momento ruim, com certeza não é a torcida alvinegra.

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