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Do péssimo início de Série A ao milagre após a chegada de Lisca: 2018 termina com redenção e alívio para o Ceará

15:14 | Dez. 21, 2018
Autor Bruno Balacó
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Bruno Balacó Jornalista de esportes
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Tipo Notícia
[FOTO1] Antes mesmo da virada do ano, a diretoria do Ceará fez questão de deixar claro quais eram as duas prioridades do clube para 2018: conquistar o bicampeonato cearense e manter o time na Série A do Brasileirão. Ao fazer uma balanço da temporada, é possível notar que as metas traçadas foram cumpridas. O que talvez muitos alvinegros não esperassem é que a trajetória da equipe ao longo do ano fosse tão carregada de tensão até o fim de novembro, quando veio o alívio definitivo. Depois de conquistar o título estadual, derrotando o Fortaleza nos dois jogos da decisão, e cair na 3ª fase da Copa do Brasil, eliminado pelo Atlético-PR, o Vovô se voltou por inteiro para a Série A. 

Ao longo do Brasileirão, o Alvinegro pagou o preço de um péssimo início de Campeonato, em que ficou 12 rodadas sem conquistar uma única vitória, amargando o primeiro terço do torneio predominantemente na lanterna da Série A. O ponto crucial para a 'virada de chave' foi a chegada do técnico Lisca. Depois de salvar o time do rebaixamento para a Série C em 2015, o treinador foi chamado mais uma vez para uma missão espinhosa: dar vida nova a uma equipe que já era tida como rebaixada por muitos. Se na primeira passagem ele teve pouco tempo para executar um milagre (assumiu a nove jogos do fim da competição), dessa vez teve 29 partidas para livrar a equipe da degola para a Série B. 

Os resultados vieram aos poucos. E a pausa forçada da Série A por 30 dias, em virtude da Copa do Mundo, foi fundamental para o treinador ter tempo de montar o time à sua maneira, conhecer melhor os jogadores e implantar sua filosofia de jogo. Atletas como Calyson, Juninho Quixadá e Leandro Carvalho ganharam espaço com o treinador. Arthur retomou a confiança.

Até que, na volta do Brasileirão após o Mundial, pintou a 1ª vitória na Série A: 1 a 0 sobre o Sport, no estádio Presidente Vargas. Daí em diante, o time revezou boas sequências de invencibilidade com tropeços. Mas reagiu de forma a figurar sempre entre as oito melhores campanhas dos pós-Copa. Do PV, o time migrou na reta final do Campeonato para a Arena Castelão. Lá, conquistou bons resultados, como a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians. O triunfo sobre o Flamengo, em pleno Maracanã, também deu moral ao Vovô.

Ao vencer a Chapecoense por 1 a 0, no Castelão, em jogo da 27ª rodada, o Alvinegro enfim conseguiu sentir o gostinho de deixar o Z-4. Apesar do alívio momentâneo, o sufoco continuou. Nos jogos finais, o Vovô seguiu pontuando e, graças também aos tropeços de concorrentes diretos, conseguiu sacramentar sua permanência na Série A com uma rodada de antecedência, um dia após empatar em 2 a 2 com o Atlético-PR e ver o Sport, no fechamento da rodada, ficar no 0 a 0 com o Sport. 

Na última rodada, o time apenas cumpriu tabela contra o Vasco, mas tinha um último objetivo em jogo: a vaga na Sul-Americana. O empate final em 0 a 0 com o time carioca foi insuficiente para garantir um lugar no torneio internacional, mas a missão alvinegra estava cumprida. O Ceará estava garantido na Série A e Lisca, de uma vez por todas, eternizava o seu nome na história do clube. 

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