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Botafogo ?entra em crise? após derrota; Bruno Silva se desculpa

A segunda derrota consecutiva pelo Campeonato Brasileiro, em casa, diante do lanterna Atlético-GO, por 2 a 1, empurrou o Botafogo para uma crise. Porém, os maus resultados recentes foram construções que tiveram como tijolos problemas internos e a insatisfação com algumas decisões da diretoria. Parte dos prêmios por conta de triunfos obtidos na temporada não [?]
12:15 | Nov. 17, 2017
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A segunda derrota consecutiva pelo Campeonato Brasileiro, em casa, diante do lanterna Atlético-GO, por 2 a 1, empurrou o Botafogo para uma crise. Porém, os maus resultados recentes foram construções que tiveram como tijolos problemas internos e a insatisfação com algumas decisões da diretoria. Parte dos prêmios por conta de triunfos obtidos na temporada não foi paga. O doping financeiro vinha sendo uma aliado importante de time e dirigentes e se refletia na vontade em campo.

Mas os dirigentes não geraram insatisfação apenas em relação a isso. Alguns contratos estão por vencer e os atletas não conseguem entender a não movimentação pela renovação. Nomes como o lateral-esquerdo Gilson e o volante Dudu Cearense abriram negociação e viram a mesma se estagnar. O mesmo aconteceu com o atacante Roger. O lateral-direito Luis Ricardo chegou a assinar o documento prorrogando o vínculo até 2019, mas ainda não recebeu a sua cópia oficializada.

A queda técnica do elenco também foi sentida. Vários jogadores de qualidade saíram e não tiveram reposição à altura. Esperanças no início do ano, os meias Camilo e Walter Montillo não fazem mais parte do plantel. O primeiro foi negociado com o Internacional, enquanto que o segundo decidiu se aposentar por conta de uma série de lesões. Com contrato vencendo, o zagueiro Emerson Santos, apalavrado com o Palmeiras, sequer vem sendo relacionado, enquanto que o atacante Sassá foi para o Cruzeiro. Isso sem falar no tumor renal que afastou Roger dos gramados.

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Os poucos reforços contratados não renderam o esperado, como o meia chileno Leonardo Valencia. Isso exigiu demais dos atletas considerados pilares e eles caíram de produção. Casos do volante Bruno Silva e do atacante Rodrigo Pimpão, por exemplo, ambos muito hostilizados. O primeiro, inclusive, deixou o gramado ao ser substituído fazendo gestos de que estava de saída de General Severiano. Depois se desculpou em redes sociais.

?Quando perdemos Montillo, Camilo, Sassá, Canales, e por aí vai, falei que a conta uma hora ia chegar. Ela chegou agora. Quando se ganha ninguém analisa nada?, desabafou o técnico Jair Ventura após a partida.

O treinador, porém, colocou panos quentes pouco depois, tentando melhorar o momento e as condições de trabalho. O Alvinegro, com 51 pontos, ainda nestá na zona de classificação para a Copa Libertadores.

?Ainda estamos na sexta posição, temos a segunda melhor campanha do returno e dependemos das nossas próprias forças para garantirmos a vaga na Copa Libertadores. Vamos ir com tudo para os três jogos restantes e não deixaremos o ano terminar de forma negativa?, disse Jair.

Neste clima que o Botafogo vai enfrentar o São Paulo no próximo domingo, às 17h(de Brasília), no Pacaembu, na capital paulista, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time será definido no treino deste sábado, que vai antecere a viagem para São Paulo.

PEDIDO DE DESCULPAS

Por meio da rede social Instagram o volante Bruno Silva se desculpou por ter deixado o gramado fazendo gestos que deixaria o clube.

Ele publico: ?Foi uma noite difícil de dormir. Primeiro pela derrota. Quem me conhece sabe como fico chateado com um revés. Ainda mais como o de ontem. Também foi complicado pegar no sono pela minha postura diante da torcida do Botafogo. Quero humildemente pedir desculpas pelo que fiz na partida. Foi algo impensado, de cabeça quente?.

Em seguida ele garantiu comprometimento: ?Logicamente que estou chateado com algumas críticas que estou recebendo, principalmente no que diz respeito à falta de comprometimento. Cheguei ao Botafogo no começo de 2016 e atuei em mais de 80% dos jogos. Algumas vezes no sacrifício?.

Por fim ele procura passar otimismo: ?Nada como um dia após o outro. Hoje levanto com o sentimento de culpa pelo que fiz, mas também muito motivado para fechar o ano com chave de ouro. Faltam três batalhas e farei de tudo para, novamente, ajudar a colocar o Botafogo no lugar onde merece, entre os gigantes da América?.

Gazeta Esportiva

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