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Com três técnicos diferentes, Atlético-MG passa em branco em 2018 e decepciona

Não existe receita exata no futebol. Porém, o Atlético-MG pagou caro por erros primários. Teve três técnicos na temporada, jogou fora a Sul-Americana, e só foi à Libertadores graças a incompetência de seus adversários. Sem títulos e apenas o vice-campeonato no Mineirão, o ano de 2018 do Galo foi longe daquilo que o torcedor esperava [?]
08:00 | Dez. 31, 2018
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Não existe receita exata no futebol. Porém, o Atlético-MG pagou caro por erros primários. Teve três técnicos na temporada, jogou fora a Sul-Americana, e só foi à Libertadores graças a incompetência de seus adversários.

Sem títulos e apenas o vice-campeonato no Mineirão, o ano de 2018 do Galo foi longe daquilo que o torcedor esperava e acabou sendo decepcionante.

Começo ruim e primeira troca de técnicos

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O Atlético teve um começo de ano complicado, dentro e fora dos gramados. Defendendo o título do Estadual de 2017, o Galo iniciou sua campanha com apenas duas vitórias em cinco jogos e uma incômoda terceira posição.

O mau desempenho, aliado a polêmicas fora de campo, culminaram na demissão do técnico Oswaldo de Oliveira, que havia assumido o cargo em setembro de 2017, substituindo Rogério Micale.

Quem assumiu a função foi Thiago Larghi como técnico interino. A sua estreia foi a derrota para a Caldense, mas a recuperação teve início logo na sequência, com a vitória por 3 a 0 sobre o América-MG. Sob o novo comando, foram seis vitórias, um empate e duas derrotas, que classificaram o Galo para as quartas de final do Mineirão ainda que no terceiro lugar.

Galo permite reação do Cruzeiro e fica com o vice do Mineirão

Na fase mata-mata, o alvinegro passou sem dificuldades pela URT, nas quartas, e pelo América-MG, na semifinal.

A final de 2018 foi a reedição da de 2017. Mas, desta vez, o desfecho foi diferente. Depois de vencer o jogo de ida por 3 a 1, em casa, o Atlético-MG viu a Raposa reagir na partida de volta. O cruzeiro triunfou por 2 a 0 e se sagrou o grande campeão mineiro de 2018.

Instável desde o início, Atlético é eliminado nas oitavas da Copa do Brasil

Logo no primeiro jogo da Copa do Brasil deste ano, ainda sob comando de Oswaldo, o Galo sofreu e ficou apenas no empate em 1 a 1 com o xará Atlético-AC, do Acre, conseguindo a classificação graças ao regulamento da competição, que premia os visitantes com a igualdade.

Na sequência, já com Larghi como interino, o Alvinegro despachou o Botafogo-PB e voltou a encontrar dificuldades para passar pelo Figueirense, vencendo o jogo de volta da terceira fase nos pênaltis. Eliminou o Ferroviário na quarta fase e encontrou a Chapecoense nas oitavas.

No jogo de ida, empate sem gols no Independência. No de volta, mesmo placar, desta vez na Arena Condá. Nas penalidades máximas, Ricardo Oliveira e Róger Guedes desperdiçaram as cobranças e o Atlético acabou eliminado da Copa do Brasil, cinco dias depois de dar adeus à Sul-Americana.

Galo cai para San Lorenzo na primeira fase da Sula

O sofrimento do torcedor atleticano no primeiro semestre ainda não tinha acabado. Em 4 de abril, jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana e derrota por 1 a 0 para o San Lorenzo, na Argentina.

Quase um mês depois, no dia 8 de maio, o Galo recebeu os argentinos para o jogo de volta na esperança de reverter o resultado com o apoio da torcida e garantir a classificação. Mas não foi bem isso que aconteceu.

Thiago Larghi decidiu priorizar a Copa do Brasil e poupou seus titulares.  A partida terminou empatada em 0 a 0 e o Atlético deu adeus à competição continental de forma bastante precoce.

Com as duas eliminações em menos de uma semana, o Galo mineiro deixou de arrecadar R$ 4 milhões.

Restou o Brasileirão

A campanha no Campeonato Brasileiro começou bem, com apenas três derrotas e dois empates nos primeiros 12 jogos. O bom desempenho levou o Galo a vice-liderança do torneio antes da parada para a Copa do Mundo.

Com isso, durante o Mundial, Larghi foi efetivado no comando do Galo após quatro meses como interino.

O grande trunfo da equipe na época era Róger Guedes, o jogador mais decisivo e que mais participou de gols e assistências entre todos os times nas primeiras sete rodadas. Sua negociação no período do Mundial seria bastante sentida pelo Galo no retorno do campeonato.

Após a Copa, duas derrotas seguidas e desempenho não tão bom quanto o anterior. Aos poucos, a equipe passou a tropeçar com mais frequência, se distanciando dos primeiros colocados.

Time cai de produção e contrata terceiro técnico do ano

Ao longo dos 17 primeiros jogos após a parada para o Mundial, o Galo só conseguiu seis vitórias e a situação de Thiago Larghi não se sustentou. Em outubro, após o empate sem gols com o América-MG, o treinador foi demitido após oito meses no cargo e 55% de aproveitamento nesse período, deixando o clube na sexta posição do Brasileirão.

Menos de duas horas depois da demissão, o Atlético-MG anunciou a contratação de Levir Culpi para a sua quinta passagem pelo clube.

O começo do trabalho de Levir, porém, não foi bom, com três derrotas e um empate nos seus quatro primeiros jogos à frente do Alvinegro. Nas últimas rodadas, no entanto, o trabalhou encaixou e a equipe conseguiu quatro vitórias nos últimos cinco jogos.

Resultado final

O Atlético-MG terminou o Campeonato Brasileiro na sexta colocação, com 17 vitórias, oito empates e 13 derrotas. A equipe passou 34 rodadas das 38 no G6, garantindo o retorno à Copa Libertadores depois de um ano de ausência.

Gazeta Esportiva

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