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"Quanto mais difícil a partida, mais à vontade ele fica", afirma descobridor do cearense Everton Cebolinha

Nascido em Maracanaú, cidade em que o CT do Fortaleza está localizado, o craque surgiu nas escolinhas do Leão do Pici e desde cedo se destacou pela velocidade com a bola nos pés. O jogador é um dos destaques da semifinal desta quarta-feira da Libertadores
15:14 | Out. 23, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia


“Desde o começo da carreira, o frente a frente com o adversário e a qualidade de finalização sempre foram os seus pontos fortes. Além disso, quanto mais difícil a partida, mais à vontade ele fica. Para o Everton, jogar um amistoso ou a final de uma Copa do Mundo não tem muita diferença”, afirma Júnior Chávare, responsável por contratá-lo para o Grêmio em 2013 e atual diretor executivo das categorias de base do Atlético-MG.

Com apenas 23 anos e uma ascensão meteórica, Cebolinha já coleciona grandes atuações em jogos decisivos pelo Grêmio. No título da Copa do Brasil de 2016, quando ainda era uma promessa, decidiu o confronto das quartas de final contra o Palmeiras após empatar o jogo aos 30 minutos do segundo tempo em pleno Allianz Parque. Na final, contra o Atlético-MG, também deixou a sua marca.

Em 2017, na semifinal do Mundial de Clubes, foi ele quem venceu a defesa do Pachuca na prorrogação e classificou o Grêmio para a decisão, mesmo sendo reserva na ocasião. Já em 2019, nesta mesma edição da Libertadores, Cebolinha comandou a reação dos gremistas na fase de grupos depois de um início irregular. Contra o Libertad, um dos melhores times da competição até então, fez os dois gols da vitória no Paraguai.

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Nascido em Maracanaú, cidade em que o CT do Fortaleza está localizado, o craque surgiu nas escolinhas do Leão do Pici e desde cedo se destacou pela velocidade com a bola nos pés. No entanto, o atleta precisou superar diversas barreiras para chegar ao topo.

“Tanto clube como torcida sabiam que o Everton tinha bastante talento, mas ninguém imaginava que ele teria tanto sucesso”, conta Marcelo Paz, presidente do Tricolor do Pici. Ele explica que jovem atleta foi negociado com o Grêmio depois de ter se destacado na Copa Carpina, uma competição de base de Pernambuco. “Muito jogadores saíram daqui para o Sul do Brasil e não vingaram. Ele conseguiu superar tudo isso e vai se firmar como maior revelação do Fortaleza”, diz.

A mudança realmente não foi fácil para Everton. Ao chegar no Grêmio, a presença de Chávare foi essencial para segurar o atacante: “Ele saiu de uma região com mais de 40°C e foi parar no meio de um dos invernos rigorosos das últimas décadas. Estava claro que a sua adaptação não seria fácil”, conta o diretor. Vale lembrar que em meados de 2013, nos estados do Sul, uma onda de frio extremamente forte passou pelo Brasil quebrando recordes de temperatura.

Dentro de campo, ele integrou o Projeto Lapidar, programa chancelado por Rui Costa, executivo de futebol gremista na época, que colaborou para a sua criação e contou com Chávare ao seu lado. A ideia nasceu com o objetivo de proporcionar um maior desenvolvimento técnico e tático para os atletas de todas as categorias de base, desde os 12 até a fase quase profissional, de 20 anos.

“Já na base o Everton queimava etapas. Como qualquer jogador que estava começando ele oscilava, mas mesmo assim já era muito decisivo. Muitos questionaram a nossa aposta na época. Sempre disse que ele seria um dos melhores atacantes do Brasil”, ressalta Chávare.

A profecia se concretizou e Everton se tornou o destaque da equipe comandada por Renato Gaúcho e aos poucos vai se transformando no trunfo da seleção brasileira de Tite. Em 2019, além de ter sido eleito o melhor jogador da Copa América, já fez 17 gols e deu seis assistências em 45 jogos. Nesta quarta-feira (23), no Maracanã, ele tem a chance de repetir aquilo que fez durante toda a sua carreira: superar as adversidades e brilhar sua estrela

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