Presidente do Bahia repudia ataque ao ônibus e cobra punição aos responsáveis

Bellintani esperava que cobranças seriam feitas após o rebaixamento no ano passado para a Série B, mas pediu calma aos torcedores para um processo de reconstrução

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, comentou sobre o ataque ao ônibus do Tricolor na noite de quinta-feira, 24, antes da partida contra o Sampaio Corrêa — que o Esquadrão venceu por 2 a 0 —, válida pela Copa do Nordeste.

Em entrevista coletiva, Bellintani descreveu o ato como um “atentado” e revelou conversas com o governador da Bahia, Rui Costa. O ônibus que levava a delegação do Tricolor foi atacado com uma bomba e dois jogadores foram atingidos.

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“Nesse momento todos nós poderíamos estar transtornados e em choque pela morte de 40 pessoas dentro do ônibus. O que estou falando aqui não é uma projeção exagerada, poderia ter acontecido. A gente encara como um atentado ao clube, a nossa história, aos nossos atletas e a nossa torcida, que não faz parte desse pensamento que foi motivado por bandidos, pessoas que devem ser presas", iniciou Guilherme.

O goleiro Danilo Fernandes foi quem levou mais preocupação a todos. O jogador ficou ferido ao ser atingido por estilhaços no rosto, perto dos olhos. Em suas redes sociais, ele garantiu que estava bem e iria passar a noite no hospital sob avaliação.

"Eu recebi, com muita confiança, a mensagem do governador de que essas pessoas serão presas e punidas dentro da lei para que em outro momento a gente não tenha que lamentar a morte de uma pessoa dentro de um clube de futebol", completou.

Bellintani esperava que cobranças seriam feitas após o rebaixamento no ano passado para a Série B, mas pediu calma aos torcedores para um processo de reconstrução. Segundo o presidente, apesar de ter “um alto índice de rejeição” em seu mandato, fará o possível para reerguer o clube.

"Eu não esperava nada diferente que depois da tristeza que trouxemos com o rebaixamento, a relação com a torcida ficasse extremamente dolorosa. O que eu gostaria muito é que a torcida nos ajudasse. Não a mim Guilherme Bellintani, um presidente com um alto índice de rejeição e com um desgaste grande”, declarou.

“Eu queria, de forma muito humilde, pedir à torcida que nos dê algum tempo e apoio para tentar esse resgate e recuperação que a gente precisa. Não é apoio a mim, é apoio ao clube. Não temos bandidos dentro do clube, não temos vagabundos, não temos pessoas desonestas. Temos pessoas que foram incompetentes na gestão do futebol, que gerou o rebaixamento e uma ferida enorme”, finalizou o presidente.

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