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Seleção Brasileira nunca perdeu uma partida em Salvador

Seleção entra em campo nesta terça-feira para enfrentar a Venezuela, na Arena Fonte Nova, em jogo válido pela 2ª rodada da Copa América.
16:44 | Jun. 18, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

A trajetória da Seleção Brasileira na Copa América 2019 começou em São Paulo e vai receber as bênçãos de todos os santos em Salvador nesta teça-feira (18), quando o Brasil encara a Venezuela na Fonte Nova, às 21h30, na segunda rodada do Grupo A.

O histórico recente tem sido de muitos gols. Os mais novos vão lembrar dos 3x0 aplicados sobre o Peru, nas Eliminatórias, em 2015; ou da goleada por 4x0 sobre a Dinamarca que marcou a volta por cima nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e terminou com o inédito ouro.

Nem tudo, porém, são flores. No mesmo palco de hoje, o Brasil já amargou uma derrota em decisão de Copa América, em 1983. O “Fonte Novazo”, no entanto, foi bem mais ameno. Empate por 1x1 depois de derrota por 2x0 em Montevidéu e título para o Uruguai.

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Curiosamente, mesmo esse empate com gosto de revés não foi tão marcante quanto o que aconteceu em 1989. Ou você esquece das polêmicas pela não escalação do atacante Charles, que acabara de conquistar o Brasileirão pelo Bahia? Ali, apesar de ovada em Renato Gaúcho, Hino Nacional vaiado e bandeira queimada, o Brasil fez 3x1 na Venezuela - mesmo rival desta terça - e abriu o caminho para quebrar o jejum de 40 anos sem conquistar a Copa América e 19 anos sem títulos de expressão.

No histórico da Seleção, a partida contra a Venezuela vai ser a de número 23 em Salvador. E, se depender dos números, os venezuelanos que se cuidem: o Brasil nunca perdeu um jogo sequer em terras baianas. Desde 1934, quando derrotou o Galícia por 10x4, no agora extinto Campo da Graça, a Seleção conquistou 16 vitórias e somou seis empates. Os números incluem três partidas da equipe olímpica.

Os times locais foram os primeiros a sofrer nos pés do escrete nacional. Depois do Galícia, também saíram derrotados Bahia, Vitória, Ypiranga e a Seleção Baiana no giro por Salvador três meses após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo, na Itália.

Em 1969, já na era Fonte Nova, o Bahia contava com o atacante argentino Sanfilippo, que havia disputado as Copas de 1958 e 1962, mas não conseguiu segurar o timaço treinado por João Saldanha e foi goleado por 4x0. Pelé, Jairzinho, Edu e Tostão marcaram os gols.

Foi a primeira e única partida do Rei pela Seleção na Fonte Nova. As “Feras do Saldanha” jogaram com: Félix (Cláudio), Carlos Alberto, Djalma Dias, Joel Camargo e Rildo (Everaldo); Clodoaldo (Piazza) e Gérson (Rivelino); Jairzinho, Tostão, Pelé (Dirceu Lopes) e Edu.

O povo baiano já pôde ver o Brasil enfrentar rivais sul-americanos, incluindo o clássico contra a Argentina, em 1985, vencido por 2x1 com gols de Careca, Burruchaga e Alemão. Maradona não jogou, mas alguns que seriam campeões mundiais em 1986 sim, como Brown, Ruggeri, Garré, Trobbiani e Pasculli, além do próprio Burruchaga e do técnico Carlos Bilardo. Entre os grandes europeus, Holanda e Itália foram adversários em Salvador.

A Fonte Nova é o palco que mais recebeu a Seleção na cidade. Entre o antigo e o novo estádio, foram 15 duelos no local. O Campo da Graça recebeu seis jogos e o Estádio de Pituaçu viu o Brasil bater o Chile por 4x2, em 2009, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.

* Texto: Correio da Bahia, via Rede Nordeste

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