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Com jejum de 12 anos e sem Neymar, Brasil busca título da Copa América em casa

Seleção inicia caminhada na Copa América em meio a uma preparação conturbada diante da denúncia contra Neymar e críticas ao técnico Tite
09:20 | Jun. 14, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

Após semanas turbulentas sob holofotes policiais até a desconvocação de Neymar, a seleção Brasileira de futebol chega à Copa América em casa pressionada por jejum de 12 anos sem o título do torneio. A estreia acontece nesta sexta-feira, 14, contra a Bolívia, em São Paulo.

Com a principal estrela da companhia investigada por suspeita de estupro, a Canarinho teve uma preparação tumultuada. No último jogo preparatório para a competição, o camisa 10 se lesionou, foi cortado e Willian acabou convocado para substituí-lo.

O comandante da seleção nunca foi tão questionado desde que assumiu o cargo de treinador, em 2016. Adenor chega a mais um torneio no comando do Brasil com a imagem desgastada pelo caso Neymar. O treinador virou alvo de críticas por proteção exagerada ao seu principal jogador e pela diferença de tratamento com os demais atletas.

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Unanimidade até a última Copa, quando o Brasil passava por um momento de carência após comandos ruins em sequência de Mano Menezes, Felipão e Dunga, Tite passou a ser questionado não somente pela eliminação na Rússia, mas principalmente pela relação com Neymar. A expectativa de uma postura firme com a estrela do time devido ao caso de agressão a um torcedor, depois de o PSG ter sido derrotado na final da Copa do França, virou decepção quando o treinador evitou barrar o jogador pelo mau comportamento.

Em outro episódio, Tite não convocou Douglas Costa após o meia-atacante cuspir em um adversário. A punição a Neymar se restringiu a retirada da braçadeira de capitão, detalhe este já bastante questionado pela imprensa.

Quando o clima na seleção parecia se acalmar diante das polêmicas envolvendo Neymar, a denúncia de estupro veio à tona faltando pouco mais de uma semana para a estreia na competição, frustrando os planos da comissão técnica por um ambiente de sossego. A lesão do atacante acabou sendo uma mescla de decepção e alívio. Por um lado, o time perdeu o seu craque. Por outro, a atmosfera conturbada por sua presença se esvaiu.

Apesar disso, a opção por Willian no lugar de Neymar não passou imune às críticas. Convocar o jogador de 30 anos foi interpretado como uma ação a curto prazo e de não renovação. Jogadores mais jovens como Vinicius Júnior, 18, e Lucas Moura, 26, foram preteridos.

Se Willian foi a melhor escolha ou se a seleção conseguirá jogar bem sem Neymar, são questionamentos que só serão de fato conhecidos quando a bola rolar na Copa América. Em meio a críticas a Tite e a ausência da estrela da companhia, a seleção ainda goza do status de favorita e vai em busca da taça do Continente em solo tupiniquim para encerrar um amargo jejum de mais de uma década.

CONVOCADOS

Goleiros: Alisson (Liverpool), Cássio (Corinthians) e Ederson (Manchester City)

Defensores: Alex Sandro (Juventus); Marquinhos, Thiago Silva e Dani Alves (PSG); Éder Militão (Porto), Fagner (Corinthians), Filipe Luís (Atlético de Madrid) e Miranda (Inter de Milão)

Meio-campistas: Allan (Napoli); Philippe Coutinho e Arthur (Barcelona); Casemiro (Real Madrid), Fernandinho (Manchester City) e Lucas Paquetá (Milan)

Atacantes: David Neres (Ajax), Everton (Grêmio), Roberto Firmino (Liverpool), Gabriel Jesus (Manchester City), Richarlison (Everton) e Willian (Chelsea)

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