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Discreto, Filipe Luís admite alienação de jogadores e se rende a Diego Costa

O lateral esquerdo Filipe Luís, do Atlético de Madrid, falou a respeito de diversos temas ao longo da entrevista concedida ao jornal El Mundo. Contando sobre sua rotina, o brasileiro se mostrou blindado em relação aos excessos e as tentações que, muitas vezes, a carreira futebolística acaba provocando. Em comparação com o tipo de vida [?]
10:45 | Out. 12, 2017
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O lateral esquerdo Filipe Luís, do Atlético de Madrid, falou a respeito de diversos temas ao longo da entrevista concedida ao jornal El Mundo. Contando sobre sua rotina, o brasileiro se mostrou blindado em relação aos excessos e as tentações que, muitas vezes, a carreira futebolística acaba provocando. Em comparação com o tipo de vida que levam muitos jogadores, ele reconhece que está muito abaixo do nível de alienação que a classe manifesta.

?Uns 80% dos jogadores vivem em uma bolha. Sem dúvidas. Sobretudo os mais jovens, que passam a querer imitar seus ídolos. Estes acreditam que se usarem uma necessaire de marca debaixo do braço, um sapato de 400 euros e oito tatuagens já serão estrelas e, por isso, serão respeitados. Se esquecem do mundo real. A bolha clássica em que vive um jogador: chegar ao profissional e comprar um ?carrão? com o primeiro salário?, apontou.

Filipe Luís foi questionado, então, em função de sua ida ao Chelsea logo após a conquista do Campeonato Espanhol pelo Atlético. Na resposta, destacou os vários fatores a serem considerados por um jogador ao se transferir, que vão muito além do dinheiro investido. ?Jogadores são profissionais como quaisquer outros, e devem levar em conta muitas questões antes de trocar de trabalho. Eu me equivoquei, mas tinha meus motivos: jogar em uma liga diferente, em outro país, culturalmente diferente. Escolhi entre Bayern e Chelsea e me transferi pelo mesmo valor que o Atlético me ofereceu para renovar. Há jogadores que se vão somente por dinheiro, mas creio que não há nada de errado nisto?.

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Com Chelsea em pauta, por consequência, o brasileiro não deixou de falar sobre a volta de Diego Costa ao clube colchonero, rasgando elogios ao atacante. ?Ele era justamente o que precisávamos. Tem o sangue do Atlético. Luta, contra ataque, força. caráter. É Atlético puro. Nunca vi um jogador fazer tanto esforço para voltar a um clube, como ele o fez?, afirmou. ?É o melhor atacante com quem já joguei. Já vi ele fazer coisas que ninguém nunca fez. Neymar e Hazard são descomunais, mas quem mais me deu títulos foi Diego?, completou.

Por fim, Filipe Luís falou sobre o estágio avançado em que se encontra na carreira, aos 32 anos, admitindo a pretensão de se tornar técnico após pendurar as chuteiras. ?Gostaria de jogar até os 40. Porém, quero ser treinador. Vejo todos os jogos que posso e analiso-os, pensando no que eu faria em tais situações. Tiago (aposentado este ano, integrando a comissão técnica de Diego Simeone, no Atlético de Madrid) já me propôs que eu o acompanhe quando me retirar. Não é nada mal, mas ainda não é a hora?, finalizou.

 

Gazeta Esportiva

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