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Um mês de Dorival: São Paulo evolui, mas segue ameaçado pela degola

Dorival Júnior completa nesta quinta-feira um mês no cargo de técnico do São Paulo. No dia 10 de julho, em sua entrevista de apresentação, o treinador falou em ?buscar o emergencial?, que era tirar o time da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Após sete jogos, contudo, o Tricolor continua entre os quatro últimos colocados [?]
08:05 | Ago. 10, 2017
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Dorival Júnior completa nesta quinta-feira um mês no cargo de técnico do São Paulo. No dia 10 de julho, em sua entrevista de apresentação, o treinador falou em ?buscar o emergencial?, que era tirar o time da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Após sete jogos, contudo, o Tricolor continua entre os quatro últimos colocados e cada vez mais ameaçado de sofrer o que seria o maior vexame de sua história.

O início do trabalho foi promissor. Apesar do empate com o lanterna Atlético-GO e da derrota para a Chapecoense, a equipe mostrou poder de reação no triunfo sobre o Vasco e empate diante do Grêmio, mas sobretudo na épica vitória de virada por 4 a 3 frente ao Botafogo, no Rio de Janeiro, naquele que foi o ápice até o momento da era Dorival.

Após aquela partida, o clima de confiança tomou conta de elenco, comissão técnica e diretoria. Alguns jogadores, inclusive, vislumbraram saltos maiores, como uma vaga na Copa Libertadores da América.

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Os resultados subsequentes, porém, mostraram uma outra realidade. As derrotas para Coritiba, em pleno Morumbi lotado, e Bahia, em Salvador, devolveram o São Paulo para a zona do descenso, abalando novamente o astral do grupo.

?O emocional está um pouco mais complicado. Nos últimos jogos, isso foi visto. Eu e outros líderes do grupo tentamos dar essa confiança para os companheiros após levar o gol. O treinador está trabalhando muito nisso?, afirmou Lucas Pratto, em entrevista coletiva, na última quarta-feira.

Com Dorival no comando, o São Paulo ostenta um aproveitamento de 38% dos pontos disputados em um total de sete partidas, sendo duas vitórias, três derrotas e dois empates. Os números, por enquanto, são inferiores aos do antecessor Rogério Ceni, que deixou o clube com 49,5% de aproveitamento, com 14 vitórias, 13 empates e dez derrotas.

Na parte tática, entretanto, o São Paulo evoluiu, na avaliação dos jogadores. Dorival tem prezado pela repetição do time titular, alterando peças apenas por necessidade, como em casos de lesão ou suspensão. Muito embora o comandante tenha acenado no treinamento desta quarta-feira com uma série de mudanças para o duelo com o Cruzeiro.

?O Dorival está mantendo uma disciplina tática, atuando na maioria dos jogos com a mesma formação. Nos últimos dois jogos, o Hernanes atuou mais fechado, mas o resto é o mesmo?, analisou o centroavante, alertando para a vulnerabilidade da defesa tricolor, que é a sexta mais vazada no Brasileirão, com 26 gols sofridos.

?Temos de recuperar a bola o mais rápido possível e, quando não conseguirmos, armar a defesa rapidamente. Temos de corrigir com urgência para não tomarmos tantos gols e melhorar nessa questão?, ressaltou o camisa 14, artilheiro do time no ano, com 12 gols.

O primeiro passo para tirar o status de ameaçado do São Paulo é vencer o Cruzeiro, neste domingo, às 11 horas (de Brasília), no Morumbi, pela 20ª rodada do Brasileiro. Um triunfo tira o time da zona de rebaixamento ao menos momentaneamente, já que a Chapecoense não joga na rodada.

?É a primeira semana cheia que o Dorival tem para trabalhar. É um começo de segundo turno para começar do zero e sair dessa situação que incomoda a todos?, encerrou.

Gazeta Esportiva

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