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O vexame histórico faz aniversário: três anos atrás, Brasil 1x7 Alemanha

Desde o fatídico jogo, a Seleção passou por algumas mudanças
13:24 | Jul. 07, 2017
Autor Neto Ribeiro
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Neto Ribeiro Repórter Mídias Sociais
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Tipo Notícia
[FOTO1] Semifinal da Copa do Mundo de 2014. A seleção brasileira não chegava tão longe na competição desde 2002, ano em que foi campeã, e tinha a força da torcida como trunfo para bater a Alemanha. O Mineirão, em Belo Horizonte, estava lotado, mas além dele, as ruas do país, mesmo ainda tristes por conta da lesão de Neymar nas costas e a suspensão de Thiago Silva, ferviam com a possibilidade de sentir no peito o poder de mais uma estrela, a do tão sonhado hexa.

O cenário parecia animador, mas do outro lado estava a Alemanha portando uma defesa sólida, liderada por Manuel Neuer, e um meio campo estrelado e envolvente. Com as saídas de Neymar e Thiago Silva esperava-se que Felipão colocasse em campo um esquema que privilegiasse o meio, pondo três volantes e povoando o setor.
 
Mas o treinador não fez. Sua aposta foi pelo atacante Bernard na vaga de Neymar, o que abriu caminho para os alemães dominarem o jogo. Foram sete gols da Alemanha em 90 minutos.

[FOTO2] Os mais pessimistas disseram que poderia ter sido mais, alegando que os alemães tiraram o pé do acelerador. Júlio Cesar fez boas defesas, mas o fato é que a maior derrota da Seleção em sua história gerou muitos debates sobre o futebol praticado no Brasil.
 
Planejamento, esquemas táticos, estudo do esporte, profissionalização de gestão e importância da base foram alguns dos temas que pautaram os noticiários nacionais. Após a fatídica partida do dia 8 de julho de 2014, a Seleção Brasileira perdeu prestígio e teve que conviver com a descrença.

No mesmo mês, os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciaram Dunga como mais novo treinador. O ex-camisa 8 da Canarinho depois de ter dirigido a Seleção, treinou o Internacional/RS, não foi bem e acabou demitido. Desde então não trabalhava em nenhuma outra equipe. Mas por outro equívoco dos dirigentes da CBF, foi novamente chamado.
 
A era Dunga e Tite
 
[FOTO3] A segunda passagem de Dunga teve mais baixos do que altos. Ele nunca foi o favorito da torcida. A postura mais ríspida com a imprensa parecia ter ficado em segundo plano, porém o bom futebol e as mudanças que os torcedores, a imprensa e os jogadores esperavam, não vieram. Resultado: sucumbiu com a Seleção na Copa América, Copa América Centenário e risco de não classificação para a Copa do Mundo de 2018. O futebol era pobre, os jogadores não rendiam. O cenário era caótico.

Dunga caiu dois anos depois de ser anunciado, em junho de 2016, após empate e eliminação diante do Peru na Copa América Centenário. Tite, o mais preparado treinador brasileiro, estudioso, líder, foi finalmente contratado. Com ele veio a esperança de bons ventos.
 
[FOTO4] Desde que assumiu o cargo, em agosto de 2016, foram nove jogos de invencibilidade com nove vitórias e a primeira colocação nas Eliminatórias, vaga garantida para a Copa de 2018. O treinador fez a confiança dos brasileiros reaparecer, bem como o futebol de muitos atletas até então apagados com a camisa amarela. O esquema tático baseado no 4-1-4-1 com um futebol total de ataque e defesa, de comprometimento e organização, apareceu.

A invencibilidade foi encerrada com a derrota para a Argentina, em um amistoso realizado na Austrália, mas em nada o resultado maculou o que hoje está claro: o Brasil é um dos favoritos para a Copa da Rússia. Se vai ganhar ou não é outra história, mas certamente o descaso que provocou o 7x1 não vai mais ocorrer.

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