Participamos do

Conquista do Penta, último título mundial do Brasil, completa 15 anos

Penta, conquistado com geração marcante para o futebol, completa hoje 15 anos. Brasil tem nessa memória combustível para a próxima Copa
10:54 | Jun. 30, 2017
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

[FOTO1] 

Há exatos 15 anos o mundo se curvava à malemolência do futebol brasileiro. Foi no dia 30 de junho de 2002, em Yokohama (Japão), que o Brasil venceu a Alemanha por 2 a 0 e conquistou o Pentacampeonato Mundial, sagrando-se o maior vencedor da história das Copas do Mundo, posto que mantém até hoje. Uma conquista marcada, acima de tudo, pelo talento. Aquela Copa, por sinal, foi a última decidida pela qualidade individual.

De lá pra cá, venceram as seleções que se modernizaram e priorizaram o jogo coletivo. A Itália de 2006 tinha a solidez defensiva como ponto mais forte. Estilo diferente da Espanha campeã em 2010, apoiada no toque de bola rápido, com ritmo envolvente, batizado pelo tiki-taka. A Alemanha de 2014 conseguiu aprimorar esse estilo, aplicando maior objetividade, compactação e intensidade para conquistar o título em 2014, com direito a 7 a 1. Na evolução do futebol, o Brasil ficou pra trás. Depois dali, o brilho da Amarelinha minguou. O talento se ofuscou.

“O maior mérito daquela seleção era o talento. Unir Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Roberto Carlos, Cafu e tantos outros bons jogadores em grandes momentos técnicos e físicos é raro. O penta foi conquistado pela máxima extração do talento individual de cada um”, diz Alexandre Lozetti, setorista da seleção brasileira no Globoesporte.com.

“Em 15 anos muita coisa mudou. O futebol mudou muito e o jogo coletivo ganhou protagonismo. Não foram só os jogadores que mudaram, o ser humano mudou. Aquela geração tinha mais personalidade, temperamento mais forte. Isso era favorável na hora de decidir um jogo ou um título”, completa.

Sob comando de Tite, a seleção tem voltado — depois de muitos anos — a praticar um futebol vistoso e vitorioso. Em 2017 o Brasil mostra uma equipe forte coletivamente.

O futebol exige isso, mas, em duelos de total equilíbrio que esse Brasil terá que fazer para ser hexacampeão, são os talentos que vão decidir. Neymar é o principal, mas não é o único, e os coadjuvantes são fundamentais.

“O Tite chegou em um momento ruim e arrumou logo a casa. O futebol, hoje, é jogado de outro modo, e o Brasil, finalmente, parece que aprendeu isso. Tite conseguiu cumplicidade com os jogadores e tem muito o jogo coletivo forte”, ressalta o ex-jogador, e hoje professor universitário e colunista do O POVO Sérgio Redes, na esperança que a seleção possa fazer da memória um combustível para nova celebração em 2018, na Rússia.

 

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

[FOTO2]

Saiba mais
Ronaldo, com oito gols, entrou para a história como o primeiro artilheiro de Copa a marcar mais de sete gols desde 1974.

O Brasil foi campeão invicto, com sete vitórias, repetindo feito de 1970. Naquele ano, porém, foram somente seis jogos, e não sete, como em 2002 no Japão e na Coreia.

Juntos, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho marcaram 15 dos 18 gols do Brasil no Mundial. Rivaldo fez cinco e Ronaldinho Gaúcho, dois. O trio foi determinante para o título.

Do elenco que foi pentacampeão, somente Lúcio e Kaká seguem em atividade. Todos os outros jogadores já se aposentaram do futebol.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente