Ômicron provoca caos no transporte aéreo e recordes de contágios na Europa

Na França, onde os 100.000 novos casos foram superados pela primeira vez em 24 horas desde o início da pandemia

A variante Ômicron continua provocando o caos no transporte aéreo, com milhares de voos cancelados em todo o mundo desde o fim de semana de Natal, além de registrar recordes de infecções em países como Dinamarca, Grécia e Islândia.

A Europa é a região do planeta com mais casos nos últimos sete dias, com 2.901.073 (55% do total mundial), e o maior número de mortes, 24.287 em uma semana (53% do total), seguida por Estados Unidos/Canadá (10.269 mortos, 22%).

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Dinamarca e Islândia anunciaram recordes diários de casos, assim como a Grécia, que voltou a impor o uso de máscara ao ar livre e fechará bares e restaurantes à meia-noite, também limitando o número de mesas.

Na França, onde os 100.000 novos casos foram superados pela primeira vez em 24 horas desde o início da pandemia, o passaporte sanitário atual será substituído pelo passaporte de vacinação, o que significa que será obrigatório ser vacinado (ou curado da covid), além de receber uma dose de reforço para entrar em determinados locais.

Os Estados Unidos também se aproximaram de mais um recorde, ao registrar cerca de 215.000 novos casos no domingo, um aumento de 83% em 14 dias.

As autoridades de Nova York alertaram para o aumento das hospitalizações de crianças com menos de cinco anos, que ainda não atingiram a idade de vacinação, e que representam metade das internações na cidade.

O vírus continua a mostrar que ninguém está a salvo do contágio. Caetano Veloso anunciou que testou positivo para covid-19. O artista de 79 anos disse que estava "bem" graças à vacinação.

Dois atletas de elite, a esquiadora americana Mikaela Shiffrin, que lidera a Copa do Mundo de Esqui Alpino Feminino, e o russo Andrey Ruvleb, 5º no ranking ATP de tênis, também tiveram resultados positivos, o que os impedirá de participar de futuras competições: a esquiadora não comparecerá a Lienz (Áustria) e o tenista provavelmente perderá o Aberto da Austrália.

O tráfego aéreo também continuou a sofrer transtornos no início da semana com, até ao momento, 2.500 voos cancelados nesta segunda-feira e 800 na terça-feira, segundo dados atualizados do site de vigilância aérea FlightAware.

No fim de semana de Natal, além do cancelamento de 8.300 conexões aéreas internacionais e domésticas, dezenas de milhares de voos sofreram atrasos.

Companhias aéreas como Lufthansa, Delta, United Airlines, Alaska Airlines, JetBlue ou British Airways cancelaram viagens porque a pandemia provocou uma escassez de pilotos e outros integrantes da tripulação dos aviões, que precisaram cumprir quarentena após contatos com pessoas com covid-19.

As condições climáticas também afetaram os voos nos Estados Unidos: nevascas na região oeste complicaram ainda mais uma situação já caótica.

Já as companhias aéreas chinesas, como a China Eastern e a Air China, cancelaram 2.000 voos no fim de semana, incluindo vários que passavam pela cidade de Xi'an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento e só podem sair uma vez a cada três dias para comprar alimentos. Desde esta segunda-feira, podem circular em carros, apenas os trabalhadores essenciais.

Em alto mar, o coronavírus também atrapalhou o feriado. De acordo com o jornal Washington Post, vários navios tiveram a entrada negada nos portos do Caribe.

O CDC, principal agência de saúde pública dos Estados Unidos, afirma que mais de 60 cruzeiros estão sendo investigados pelas autoridades após a detecção de casos de covid-19 a bordo.

E as autoridades nacionais estão empenhadas em estender a vacinação ao máximo.

Em Israel, um hospital começou a administrar uma quarta dose da vacina contra o coronavírus a seus profissionais de saúde nesta segunda-feira, em um ensaio clínico que deve preceder uma campanha nacional.

Enquanto isso, a Bolívia recebeu neste domingo um lote de 3 milhões de vacinas Sinopharm, a maior doação chinesa entregue ao país andino, que vai reforçar a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 5,3 milhões de mortes no mundo desde dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais.

A OMS considera que o balanço real pode ser entre duas e três vezes superior.

 

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